De acordo com as primeiras estimativas publicadas no domingo pelo instituto de pesquisas gfs.bern, a lei obteve o apoio de 63% dos eleitores (com margem de erro de 3%).
O referendo foi realizado no momento em que a nova variante do omicron, qualificada como "preocupante" pela Organiza��o Mundial da Sa�de, mais uma vez colocou o planeta em alerta.
Como um sinal de tens�es incomuns na Su��a, a pol�cia bloqueou a pra�a em frente � sede do governo e do parlamento em Berna no domingo, em antecipa��o �s manifesta��es.
As pesquisas j� previam que a popula��o aceitaria a lei, mas opositores das vacinas e do passaporte de covid organizaram in�meras manifesta��es nas �ltimas semanas, �s vezes proibidas e recheadas de viol�ncia.
O aumento das tens�es na Su��a, pa�s conhecido pela sua cultura de di�logo e onde se realizam referendos v�rias vezes ao ano, causou grande surpresa.
Muitos pol�ticos, incluindo o ministro da Sa�de, Alain Berset - que por dois anos encarnou a luta contra o coronav�rus no pa�s alpino - receberam amea�as de morte e agora est�o sob prote��o policial.
Os su��os tamb�m votaram no domingo uma iniciativa popular sobre cuidados de enfermagem, que pede � Confedera��o que garanta "remunera��o adequada" para tais benef�cios.
De acordo com o �ltimo levantamento do instituto gfs.Bern, realizado no dia 7 de novembro, 67% dos consultados apoiavam a iniciativa de remunera��o adequada da assist�ncia de enfermagem.
Esses votos ocorreram no momento em que a Su��a, como outros pa�ses, experimenta um surto de infec��es de covid-19 desde meados de outubro devido � variante delta.
Mas, ao contr�rio de outros pa�ses no mesmo caso, o governo su��o at� agora se recusou a apertar as medidas de controle em n�vel nacional, argumentando que a ocupa��o de leitos de terapia intensiva por pacientes com coronav�rus � relativamente baixa at� o momento (20%).
No entanto, o governo exige que a popula��o e os turistas respeitem as medidas sanit�rias b�sicas.
- Endurecimento extremo -
Com uma taxa total de vacina��o de cerca de 65%, a Su��a fica para tr�s na cobertura vacinal em compara��o com outros pa�ses da Europa Ocidental.
� a segunda vez em menos de seis meses que a popula��o tem que votar essa mesma lei. Em junho, os cidad�os apoiaram com 60% dos votos em um primeiro referendo.
No entanto, a lei foi modificada para dar �s autoridades mais espa�o para combater a pandemia e permitir o estabelecimento do passaporte sanit�rio, as pessoas contra ela decidiram convocar um segundo referendo.
Os opositores rejeitaram esse "endurecimento extremo e desnecess�rio da lei" e denunciaram o passaporte, "que implicitamente induz uma vacina��o for�ada".
Todos os movimentos pol�ticos, com exce��o do UDC populista de direita, o principal partido do pa�s, apoiaram a lei.
O governo afirma que o passaporte covid facilita viagens e estadias no exterior, permite a realiza��o de manifesta��es e est� "� disposi��o de todos", pois pessoas n�o vacinadas que n�o tinham o v�rus podem fazer o teste de PCR para obt�-lo.
GENEBRA