Dos 1.878 casais que responderam � pesquisa, 82,8% afirmaram que querem se casar quando for permitido, indicou um comunicado do Movimento de Integra��o e Liberta��o Homossexual (Movilh), que realizou esta primeira medi��o no Chile das percep��es, opini�es e expectativas dos casais do mesmo sexo em rela��o a esta lei.
Ap�s um processo de mais de tr�s anos no Congresso, a lei do casamento igualit�rio ser� analisada nesta ter�a-feira pela Comiss�o de Constitui��o do Senado. Em seguida, deve ser votada na C�mara Alta - o que pode acontecer no mesmo dia -, onde tem boas chances de ser finalmente aprovada.
A pesquisa aponta ainda que 91,8% dos consultados planejam se casar depois de anular seu Acordo de Uni�o Civil (AUC), norma aprovada em 2015 que permite aos casais homossexuais o acesso a quase todos os direitos estipulados pelo casamento heterossexual, mas nega a possibilidade de ado��o e tamb�m os direitos de filia��o.
O projeto de lei que o Senado discute inclui a ado��o e a garantia dos mesmos direitos de filia��o dos filhos aos casais do mesmo sexo. Entre os consultados, 82,9% esclarecem que n�o aceitar�o uma lei que n�o contemple ado��o ou filia��o homoparental, enquanto 97,8% consideram que o projeto deve reconhecer direitos de filia��o em igualdade de condi��es aos casais homossexuais que se submetem a t�cnicas de reprodu��o humana assistida.
Este projeto de lei, cuja aprova��o � muito aguardada pela comunidade LGBTQ+ chilena, foi introduzido no Parlamento em 2017, por iniciativa da ex-presidente socialista Michelle Bachelet (2014-2018).
O atual presidente do Chile, o conservador Sebasti�n Pi�era, fez um apelo ao Congresso para que acelerasse a tramita��o da norma, o que estava fora de seu programa de governo e surpreendeu os parlamentares da coaliz�o governista. "Acho que chegou a hora do casamento igualit�rio em nosso pa�s", afirmou Pi�era perante o Congresso em julho.
Para 81,3% dos entrevistados, a aprova��o ser� um "fato hist�rico", enquanto 61,1% revelaram ter sofrido como efeito da proibi��o do casamento igualit�rio a "impossibilidade de ser reconhecido como fam�lia em organiza��es p�blicas ou privadas".
SANTIAGO