L�bia e ONU alertam para intimida��o que impediu apela��o do filho de Kadhafi

O governo da L�bia e a ONU expressaram nesta segunda-feira (29) sua preocupa��o com uma campanha de intimida��o que provocou o fechamento de um tribunal onde o filho do ex-ditador Muamar Kahafi apelaria da rejei��o � sua candidatura presidencial.

As elei��es de 24 de dezembro ocorrem em um momento em que a L�bia tenta deixar para tr�s d�cadas de viol�ncia desde que um levante de 2011, apoiado pela Otan, dep�s e matou Kadhafi.

Na quarta-feira, a comiss�o eleitoral l�bia rejeitou a candidatura de seu filho, Saif al Islam Kadhafi, procurado pelo Tribunal Penal Internacional por supostos crimes de guerra.

Os candidatos rejeitados receberam prazo de 48 horas para apelar no tribunal.

Mas na manh� de quinta-feira, um "grupo de foragidos" lan�ou um ataque contra a corte na cidade de Sebha (sul), for�ando seu fechamento horas antes de que Seif al Islam fosse apelar, informou o governo em Tr�poli.

Incidentes similares ocorreram posteriormente, com homens armados supostamente ligados ao candidato presidencial Khalifa Haftar, homem forte do leste do pa�s, impedindo o acesso � corte.

O governo l�bio informou em um comunicado na noite desta segunda-feira que estava "acompanhando com grande preocupa��o as tens�es ao redor da corte de Sebha, que amea�am a legitimidade da institui��o judicial".

"Amea�ar a vida de ju�zes ou tentar influenciar seu trabalho pode voltar a mergulhar Sebha em uma guerra civil", acrescentou.

A miss�o da ONU para a L�bia, UNSMIL, disse em nota que "acompanha com grande preocupa��o o cont�nuo fechamento da Corte de Apela��es de Sebha", onde informou que "os ju�zes s�o impedidos de exercer seus deveres legais, impedindo diretamente o processo eleitoral".

"A UNSMIL tamb�m est� alarmada pelos crescentes informes de intimida��o e amea�as contra ju�zes e funcion�rios judiciais, especialmente aqueles que tratam das reclama��es eleitorais, assim como contra candidatos", acrescentou o organismo.

Seif al Islam est� entre os 25 candidatos presidenciais, de um total de 98, cujas candidaturas foram rejeitadas.