O tribunal superior examinar� uma lei do Mississippi que pro�be a maioria dos abortos ap�s 15 semanas de gravidez.
Em uma decis�o hist�rica no caso "Roe v. Wade" de 1973, o tribunal considerou que o acesso ao procedimento � um direito constitucional da mulher, revogando as leis estaduais que o restringiam.
Em decis�o de 1992, no processo "Planned Parenthood v. Casey", a Corte garantiu o direito de interromper a gravidez at� que o feto seja vi�vel fora do �tero, o que ocorre entre 22 e 24 semanas de gesta��o.
Por�m, as decis�es n�o convenceram a oposi��o conservadora e religiosa ao aborto, e os ativistas contr�rios ao procedimento acreditam que seu tempo acabou ap�s anos de batalhas pol�ticas e jur�dicas.
"Reconhecemos a magnitude do que estamos pedindo", escreveu a procuradora-geral do Mississippi, Lynn Fitch, no jornal Washington Post. Ela acrescentou que � hora de corrigir o "erro" cometido pela Suprema Corte em 1973.
"Esperamos e rezamos para que esta decis�o da Suprema Corte seja um ponto de virada hist�rico para a prote��o dos mais vulner�veis", afirmou o grupo "Marcha pela Vida".
A lei do Mississippi de 2018 pro�be o aborto ap�s 15 semanas de gravidez e n�o faz exce��es para estupro ou incesto. Foi considerada inconstitucional em inst�ncias inferiores at� chegar ao principal tribunal do pa�s.
O Mississippi recebeu apoio de 18 outros estados liderados por republicanos, centenas de legisladores, a Igreja Cat�lica e grupos contr�rios ao aborto, alguns dos quais investiram milh�es de d�lares em campanhas publicit�rias.
Este setor foi impulsionado pela entrada de tr�s ju�zes na Suprema Corte durante o mandato presidencial de Donald Trump (2017-2021), inclinando a balan�a a favor do lado conservador com uma maioria de 6-3.
Dois dos ju�zes nomeados por Trump substitu�ram defensores dos direitos ao aborto: Anthony Kennedy foi substitu�do por Brett Kavanaugh e a falecida feminista Ruth Bader Ginsburg por Amy Coney Barrett, uma cat�lica devota.
O impacto dos novos magistrados tornou-se aparente em 1� de setembro, quando a Suprema Corte rejeitou um pedido para bloquear uma lei do Texas que pro�be o aborto ap�s seis semanas de gravidez.
Ativistas a favor do aborto, associa��es m�dicas, grupos de direitos das mulheres e direitos civis se reportaram ao tribunal junto com centenas de legisladores democratas e quase 500 atletas, incluindo a estrela do futebol Megan Rapinoe.
"For�ar uma mulher a continuar uma gravidez contra sua vontade � uma profunda interfer�ncia em sua autonomia, integridade f�sica e sua posi��o igualit�ria na sociedade", alertou o Departamento de Justi�a em um comunicado ao tribunal.
Os magistrados ter�o at� junho para tomar uma decis�o.
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WASHINGTON
Suprema Corte dos EUA avalia contesta��o � lei de aborto do Mississippi
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