Juan Alessi, que trabalhou como administrador na casa do bilion�rio Epstein durante os anos 1990, revelou ao j�ri no julgamento, realizado em Manhattan, que Maxwell instituiu um n�mero "tremendo" de regras, incluindo o aviso para evitar contato visual com o financista.
"'Nunca olhe nos olhos dele, olhe para o outro lado da sala e responda'", teria ouvido de Maxwell o ex-funcion�rio, que trabalhava na propriedade em Palm Beach, Fl�rida.
"Lembre-se que voc� n�o v� nada, voc� n�o ouve nada, voc� n�o fala nada, exceto para responder a uma pergunta dirigida a voc�", dizia um manual de instru��es para funcion�rios que foi exposto na audi�ncia.
O folheto de 58 p�ginas, datado, foi produzido depois da sa�da de Alessi em 2002, mas o ex-funcion�rio se lembra de ter visto uma vers�o anterior com conte�do semelhante.
"NUNCA revele as atividades ou o paradeiro do Sr. Epstein ou da Sra. Maxwell a ningu�m", dizia o manual.
Antes da chegada de Epstein � mans�o, os funcion�rios tinham que seguir uma s�rie de instru��es, por exemplo, garantir que uma arma fosse colocada em uma gaveta da mesa lateral no quarto do financista falecido.
Vestida com uma roupa totalmente preta, Maxwell, 59, ouviu o testemunho de Alessi durante o julgamento, no qual ela se declarou inocente de seis acusa��es de tr�fico de menores com fins sexuais. Se condenada, ela pode pegar pris�o perp�tua.
Alessi tamb�m se lembra de ter visto na resid�ncia duas garotas aparentemente menores de idade, de 14 ou 15 anos, incluindo uma que testemunhou no in�cio desta semana sob o pseud�nimo de "Jane".
O ex-funcion�rio afirmou que conheceu Jane em 1994, quando ela visitou a propriedade com a m�e.
Ele tamb�m contou que a buscou na escola.
Esses detalhes parecem corroborar com o depoimento de Jane, que lembra que um homem "latino-americano" a buscou. Alessi � originalmente do Equador.
Alessi tamb�m se lembra de ter visto Jane embarcar em um avi�o em Palm Beach com Epstein, Maxwell e o cachorro desta �ltima, Max.
Jane, que agora � adulta, detalhou ao j�ri como Epstein a sujeitou a abusos sexuais durante anos, desde que ela tinha 14 anos. Ela disse que Maxwell estava frequentemente presente e �s vezes participava dos atos sexuais.
A defesa come�ar� a interrogar Alessi nesta sexta-feira.
Os advogados de Maxwell insistem que sua cliente � o bode expiat�rio de Epstein, cuja morte na pris�o em 2019, enquanto aguardava julgamento, foi considerada suic�dio.
NOVA YORK