A decis�o de Moraes atende a um pedido da CPI da Covid, que acusa Bolsonaro de crimes graves durante a pandemia, e se junta a outros cinco inqu�ritos que o presidente � alvo no STF e na justi�a eleitoral, por enquanto sem resultados.
O alvo deste novo inqu�rito � uma declara��o falsa feita por Bolsonaro durante uma live realizada em outubro passado, na qual citava supostos relat�rios oficiais do governo brit�nico que "sugeriam" que aqueles totalmente vacinados contra os coronav�rus est�o desenvolvendo a Aids "muito mais r�pido do que o previsto".
A informa��o foi negada pelo governo brit�nico no servi�o de checagem de fatos da AFP e pela Sociedade Brasileira de Doen�as Infecciosas, entre outras entidades m�dicas.
O v�deo foi removido do Facebook, Instagram e YouTube, sendo que esta plataforma tamb�m decidiu suspender o canal do Bolsonaro por uma semana.
Os senadores tamb�m pediram na �poca a suspens�o do acesso de Bolsonaro �s suas contas no Facebook, Instagram, YouTube e Twitter at� novo aviso.
A a��o do presidente "faz uso do modus operandi de esquemas de divulga��o em massa nas redes sociais, revelando-se imprescind�vel a ado��o de medidas que elucidem os fatos investigados", escreveu o juiz em sua decis�o.
Em agosto, o STF decidiu investiga o presidente da Rep�blica por crimes de "cal�nia" e "incita��o ao crime", por conta de suas den�ncias sem qualquer tipo de prova sobre fraudes nas urnas eletr�nicas usadas nas elei��es.
Al�m disso, o STF tamb�m abriu inqu�rito sobre a interfer�ncia de Bolsonaro na Pol�cia Federal nas investiga��es relacionadas a seus familiares, se prevaricou ao n�o denunciar tentativa de compra fraudulenta da vacina indiana Coxavin e se infringiu a lei ao revelar nas redes sociais, Boletim de Ocorr�ncia sobre suposto ataque ao sistema eleitoral, que estava em sigilo sum�rio.
Se o Minist�rio P�blico encontrar provas contra o presidente da Rep�blic nessas investiga��es, deve pedir ao STF que abra processo contra o presidente.
Mas, para isso, o mais alto tribunal deve obter a aprova��o de dois ter�os da C�mara dos Deputados. Nesse caso, Bolsonaro ficaria afastado de suas fun��es por seis meses, durante o julgamento.
Mas esse cen�rio parece improv�vel, tendo em vista que o presidente � considerado pr�ximo ao procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, e tem uma base consistente de apoio no Congresso.
BRAS�LIA