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Estado de Minas YANGON

Junta militar de Mianmar condena Aung San Suu Kyi a dois anos de pris�o


06/12/2021 17:51 - atualizado 06/12/2021 17:55

Aung San Suu Kyi foi condenada nesta segunda-feira (6) em Mianmar a dois anos de pris�o por incitar a desordem p�blica e violar as restri��es anticovid, a primeira senten�a de v�rios processos que amea�am a l�der deposta a passar d�cadas na pris�o e que preocupam a comunidade internacional.

Suu Kyi foi inicialmente condenada a dois anos por incitar a desordem p�blica contra o Ex�rcito e outros dois por violar uma lei sobre desastres naturais relacionados � covid, disse o porta-voz doa junta Zaw Min Tun � AFP por telefone.

O ex-presidente Win Myint tamb�m foi inicialmente condenado a quatro anos pelas mesmas acusa��es.

No entanto, logo depois, o chefe da Junta, Min Aung Hlaing, reduziu suas senten�as a "dois anos de pris�o", segundo um comunicado lido na televis�o estatal.

A vencedora do Nobel da Paz de 1991, de 76 anos, est� detida desde que os militares derrubaram seu governo em 1� de fevereiro, o que acabou com um breve per�odo de democracia em Mianmar.

Desde ent�o, a junta apresentou uma s�rie de acusa��es contra Suu Kyi, incluindo viola��o da lei de segredos oficiais, corrup��o e fraude eleitoral.

V�rios analistas denunciam que este � um processo pol�tico para neutralizar a pol�tica que venceu as elei��es de 2015 e 2020.

- "Afronta � justi�a" -

"Exigimos que o regime liberte Aung San Suu Kyi e todos os outros detidos injustamente, incluindo autoridades eleitas democraticamente", disse o secret�rio de Estado dos EUA, Antony Blinken, em um comunicado, classificando a senten�a como "uma afronta � democracia e � justi�a".

A Alta Comiss�ria da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, denunciou "um julgamento manipulado" e o chefe da diplomacia da Uni�o Europeia (UE) "um novo passo para o desmantelamento do Estado de Direito".

O comit� que concede o Pr�mio Nobel da Paz disse nesta segunda-feira que estava "preocupado" com Suu Kyi ap�s um julgamento "inveross�mil".

As acusa��es por incita��o est�o relacionadas com as declara��es do partido de Suu Kyi, a Liga Nacional pela Democracia (LND), para condenar o golpe de Estado pouco depois da tomada de poder pelos militares.

As acusa��es relacionadas � pandemia envolvem as elei��es do ano passado, vencidas com grande vantagem pelo partido de Suu Kyi, mas os detalhes n�o foram divulgados: o governo imp�e uma ordem de sil�ncio nos processos judiciais.

Os jornalistas n�o t�m acesso ao tribunal especial na capital birmanesa e os advogados de Suu Kyi est�o proibidos de falar com a imprensa.

Nas �ltimas semanas, outros membros da LND foram condenados a duras penas de pris�o.

Um ex-ministro foi sentenciado a 75 anos de pris�o e um amigo de Suu Kyi recebeu penas de 20 anos de deten��o.

- "Asfixiar as liberdades" -

A senten�a foi criticada pela organiza��o Anistia Internacional, que denunciou uma tentativa da junta militar de "asfixiar as liberdades" com a deten��o de Suu Kyi.

"As senten�as severas infligidas a Aung San Suu Kyi por estas falsas acusa��es s�o o exemplo mais recente da determina��o do ex�rcito para eliminar e asfixiar as liberdades em Mianmar", afirmou a AI em um comunicado.

A vencedora do Nobel da Paz pode passar d�cadas na pris�o se for condenada por todas as acusa��es. A pr�xima senten�a est� prevista para 14 de dezembro, pela suposta viola��o de uma lei sobre cat�strofes naturais.

O diretor para Mianmar do centro de estudos International Crisis Group, Richard Horsey, declarou � AFP que as senten�as "representam uma forma para que os militares mostrem seu poder".

"Seria surpreendente, no entanto, se ela fosse enviada � pris�o. O mais prov�vel � que cumpra esta e as pr�ximas condena��es em sua casa ou em um regime especial de 'resid�ncia de h�spedes'", disse.

Mais de 1.300 pessoas morreram e mais de 10.000 foram detidas na repress�o contra os dissidentes desde o golpe, segundo uma ONG birmanesa.

Os militares que governaram Mianmar durante d�cadas defendem o golpe de Estado e alegam den�ncias de fraude nas elei��es do ano passado.

A press�o internacional para que a junta militar restaure a democracia n�o parece afetar os generais e a violenta repress�o contra os protestos persiste no pa�s.

Na segunda-feira, a Assembleia Geral da ONU suspendeu por prazo indeterminado o pedido de reconhecimento oficial da junta, que lhe teria permitido acreditar seu enviado.

O ministro das Rela��es Exteriores de Mianmar, Wunna Maung Lwin, foi nomeado enviado em 18 de agosto pelo ex-comandante militar Aung Thurein.

Mas o enviado designado pela l�der deposta Aung San Suu Kyi, Kyaw Moe Tun, desafiou a junta ao permanecer no cargo e em 21 de agosto pediu � ONU que o mantivesse.


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