Em entrevista � AFP, o conselheiro m�dico chefe do presidente dos EUA falou sobre a gravidade da �micron e assinalou ter "quase certeza que n�o � mais severa que a delta", mas destacou que est� claro que a nova variante � "altamente transmiss�vel", provavelmente mais do que a delta, a dominante no mundo atualmente.
"Existe alguma indica��o de que possa ser menos grave, porque, quando se observa os estudos descritivos do que est� acontecendo na �frica do Sul, a propor��o entre o n�mero de infectados e o n�mero de hospitalizados parece ser menor do que em rela��o � delta", afirmou.
Contudo, Fauci lembrou que � importante n�o superestimar esses dados, porque as popula��es monitoradas s�o mais jovens e t�m menor probabilidade de interna��o. Al�m disso, os casos graves levam algum tempo para se desenvolver.
"Acredito que ser�o necess�rias algumas semanas pelo menos" para confirmar a gravidade da variante na �frica do Sul, onde foi detectada pela primeira vez em novembro.
Outro aspecto da variante �micron est� no fato de que dados epidemiol�gicos de todo o mundo indicam que as possibilidades de reinfec��o s�o maiores.
Fauci, que tamb�m � diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doen�as Infecciosas dos Estados Unidos, dividiu o que se sabe e as d�vidas sobre a �micron em tr�s �reas: transmissibilidade, o quanto ela consegue evadir a imunidade adquirida de infec��es anteriores e das vacinas, e a gravidade da doen�a.
Segundo o especialista, os resultados dos experimentos de laborat�rio sobre a efic�cia dos anticorpos gerados pelas vacinas atuais contra a �micron devem chegar "nos pr�ximos dias".
"Contudo, na medida em que temos mais infec��es no resto do mundo, pode ser que leve mais tempo para determinar seu n�vel de gravidade", indicou.
Fauci afirmou que um v�rus mais transmiss�vel, mas que n�o provoca casos graves da doen�a nem causa mais mortes e interna��es seria o "melhor cen�rio".
"O pior seria aquele em que o v�rus n�o � apenas altamente transmiss�vel, mas que tamb�m causa uma enfermidade grave e, em seguida, gera outra onda de infec��es que n�o necessariamente consegue ser mitigada pelas vacinas ou pela imunidade adquirida por infec��es anteriores", acrescentou.
"N�o acredito que acontecer� o pior dos cen�rios, mas nunca se sabe", concluiu.
WASHINGTON