O julgamento come�ou nesta quarta-feira (8) na cidade de Minneapolis, no nordeste dos Estados Unidos, onde o caso reabriu as feridas ainda n�o cicatrizadas pelo assassinato do tamb�m negro George Floyd.
A mulher, uma policial branca e experiente, foi identificada como Kim Potter, de 49 anos. Em 11 de abril de 2021, Potter disparou sua arma contra Daunte Wright, de 20 anos, no sub�rbio de Brooklyn Center.
O caso provocou grande impacto pois ocorreu durante as audi�ncias do julgamento do policial branco Derek Chauvin, que, em maio de 2020, tamb�m em Minneapolis, asfixiou George Floyd, de 46 anos, um homic�dio que deu in�cio a uma onda de protestos e manifesta��es antirracistas em todo o mundo.
Quase um ano depois, a morte de Daunte Wright reviveu as tens�es nas ruas de Minneapolis, onde ocorreram manifesta��es violentas por v�rios dias.
A pris�o de Kim Potter trouxe um pouco de calma, mas a cidade permaneceu em suspense, at� a condena��o de 22 anos de pris�o contra Derek Chauvin.
O caso Goerge Floyd paira sobre o julgamento da policial, pois este se desenvolve no mesmo tribunal, com os mesmos promotores e com alguns dos advogados do processo contra Chauvin.
Depois de dez dias de sele��o do j�ri, no qual h� apenas um afro-americano, as audi�ncias come�aram com as apresenta��es gerais da acusa��o e da defesa.
Os fatos, no entanto, s�o incontest�veis: Kim Potter e dois de seus colegas deram uma ordem de parada ao ve�culo de Daunte Wright durante um controle de tr�nsito, mas, ao perceberem que o jovem era requerido pela Justi�a por porte de armas, Potter e seus colegas o interpelaram.
O jovem, que n�o estava armado, tentou fugir e, para dissuadi-lo, Potter sacou o que pensava ser o 'taser'. Em uma grava��o do incidente, � poss�vel ouvi-la gritar 'taser' v�rias vezes, antes de disparar.
"Ela n�o est� sendo processada por homic�dio involunt�rio", assinalou a promotora Erin Eldridge, mas tampouco se trata de "um erro desafortunado". O expediente contra Potter � por "manipula��o imprudente de uma arma de servi�o e sobre neglig�ncia", dado que � uma policial com 26 anos de experi�ncia, explicou Eldridge.
Kim Potter "fez o que deveria ter feito para proteger seu colega", ao considerar o risco de ele ser atropelado pelo ve�culo de Daunte Wright, alegou seu advogado Paul Engh. Em um momento de estresse "ela cometeu um erro, foi um acidente, ela � humana", acrescentou o defensor.
A policial deve ser chamada para prestar depoimento em alguns dias e o veredicto � esperado antes do fim do ano.
MINNEAPOLIS