O an�ncio foi feito no mesmo momento em que um estudo na �frica do Sul mostrou que duas doses da vacina Pfizer-BioNTech protegem 70% contra os casos graves da variante �micron, um resultado considerado favor�vel pelos pesquisadores, embora seja uma taxa menor que a de outras cepas.
Os resultados da nova p�lula, que ainda n�o foi aprovada em nenhum pa�s, se baseiam em um estudo com mais de 2.200 pessoas e confirmam o que foi anunciado no in�cio de novembro a partir de conclus�es preliminares.
A Pfizer tamb�m anunciou que seu tratamento antiviral, que ser� comercializado como Paxlovid, resistiu � variante �micron em testes de laborat�rio.
"Isso destaca o potencial deste (medicamento) candidato para salvar a vida de pacientes em todo o mundo", expressou o CEO da Pfizer, Albert Bourla, citado em um comunicado. "Variantes preocupantes como a �micron acentuaram a necessidade de op��es de tratamento acess�veis para quem contrair o v�rus", acrescentou.
O ensaio mostrou que a p�lula reduz a necessidade de hospitaliza��o em adultos de alto risco com covid em 89% se o tratamento for feito nos tr�s dias seguintes � manifesta��o dos sintomas e em 88% nos primeiros cinco dias, disse a empresa.
No total, houve 12 mortes no grupo placebo - que n�o recebeu o tratamento - e nenhuma no grupo que recebeu.
Efeitos colaterais foram detectados em porcentagens semelhantes no grupo que recebeu o tratamento e no que recebeu o placebo (23% e 24%, respectivamente) e foram majoritariamente leves.
Segundo a empresa, tamb�m h� resultados animadores em um estudo entre pessoas com risco alto de desenvolver um caso grave da covid-19, mas esse ensaio ainda n�o foi finalizado.
- Novo tipo de droga -
O Paxlovid � uma combina��o de duas drogas - nirmatrelvir, uma medicamento experimental, e ritonavir, um antiviral que j� existe e � usado contra o HIV. O tratamento consiste em ingerir 30 p�lulas em um per�odo de cinco dias.
O nirmatrelvir age bloqueando a a��o de uma enzima que o coronav�rus precisa para se replicar. O ritonavir � administrado para desacelerar a decomposi��o do nirmatrelvir no corpo, o que aumenta sua efic�cia.
Como o Paxlovid n�o age contra as prote�nas de r�pida muta��o que se encontram na superf�cie do coronav�rus, os cientistas esperam que possa ser mais resistente �s variantes do que outros tratamentos, como os anticorpos usados na maioria das vacinas anticovid.
Outra p�lula para a covid, a molnupiravir, desenvolvida pelo laborat�rio americano Merck Sharp and Dohme (MSD), j� foi autorizada no Reino Unido e aguarda o sinal verde nos Estados Unidos.
No entanto, estudos finais mostraram que o molnupiravir s� reduz as interna��es e mortes em 30%. Al�m disso, h� preocupa��es sobre sua seguran�a. A empresa n�o recomenda seu uso em mulheres gr�vidas, depois que estudos com animais geraram preocupa��es sobre seu efeito nos fetos.
A Pfizer afirmou que compartilhou as informa��es sobre sua p�lula com a Administra��o de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos, como parte de sua solicita��o para uma autoriza��o de uso emergencial.
- Dados reais da vacina -
As not�cias chegam em um momento em que a variante �micron continua se espalhando rapidamente pelo mundo, despertando preocupa��es sobre o poss�vel aumento de casos graves e mortes.
Mesmo que as primeiras informa��es sugiram que a variante � leve na maioria dos casos, sua maior transmissibilidade e habilidade de reinfec��o pode gerar um maior n�mero de casos.
V�rios pa�ses lan�aram campanhas para promover a aplica��o das doses de refor�o, buscando restaurar a efic�cia das vacinas.
O �ltimo estudo na �frica do Sul concluiu que duas doses da vacina da ainda oferecem uma alta prote��o contra uma forma grave da doen�a.
"A dose dupla da vacina da apresenta 70% de efic�cia em reduzir o risco de hospitaliza��o", disse o chefe da principal empresa de seguro m�dicos privados da �frica do Sul, a Discovery, Ryan Noach, que dirigiu o estudo junto com a South African Medical Research Council (SAMRC).
Essas duas doses ofereciam uma prote��o de 93% contra as variantes anteriores, segundo as empresas.
O estudo se baseou em 78.000 resultados de testes PCR feitos na �frica do Sul entre 15 de novembro e 7 de dezembro.
Tamb�m estabeleceu que as duas doses eram 33% eficazes contra a infec��o, um resultado que coincide com dados pr�vios do Reino Unido e que para os especialistas ressalta a necessidade de uma terceira dose.
PFIZER
WASHINGTON