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Estado de Minas WASHINGTON

Por que os anticorpos n�o s�o a �nica defesa contra a �micron?


17/12/2021 10:23

Na luta contra o coronav�rus, um componente-chave do sistema imunol�gico monopolizou a aten��o: os anticorpos.

Estas prote�nas em forma de Y viraram not�cia recentemente, porque as vacinas anticovid n�o produzem uma quantidade suficiente delas para combater a variante �micron do coronav�rus - pelo menos sem uma dose de refor�o.

Treinados tanto pelas vacinas como pela infec��o, os anticorpos aderem � prote�na spike, que entra no coronav�rus e impede que penetre nas c�lulas para deixar a pessoa doente.

Os anticorpos n�o s�o, por�m, a �nica vari�vel em jogo.

De fato, "h� uma resposta complexa e coordenada que � realmente bela do ponto de vista evolutivo", explica Roger Shapiro, imunologista da Universidade de Harvard.

A seguir alguns pontos-chave:

- "Bombardeiros" do sistema imunol�gico inato

Nos minutos e horas posteriores � detec��o do v�rus no corpo, algumas prote�nas enviam alarmes para recrutar a fr�gil equipe de defesa do sistema imunol�gico "inato".

Os primeiros a aparecer s�o os "neutr�filos", que constituem entre 50% e 70% de todos gl�bulos brancos, que s�o r�pidos para lutar, mas tamb�m para morrer.

Tamb�m aparecem os "macr�fagos", especializados em detectar e eliminar os pat�genos. Com isso, liberam mol�culas-chave que ativam colegas mais inteligentes, as chamadas c�lulas "assassinas naturais", ou c�lulas "dendr�ticas". Estas transmitem a informa��o para c�lulas combatentes de elite.

"� como bombardear toda �rea e, com sorte, danificar o invasor tanto quanto poss�vel (...) e, ao mesmo tempo, chamar � base para que suas unidades SEAL estejam prontas para operar", explica John Wherry, imunologista da Universidade da Pensilv�nia (UPenn).

- C�lulas B e T: agentes de Intelig�ncia e assassinos treinados

Se a defesa "inata" n�o expulsa os invasores, entra em cena o sistema imunol�gico "adaptativo".

Poucos dias ap�s a primeira infec��o, as "c�lulas B" percebem a amea�a e come�am a produzir anticorpos.

A vacina��o tamb�m treina as c�lulas B, principalmente dentro dos g�nglios linf�ticos das axilas, perto do local da inje��o, para que fiquem atentas e preparadas.

Shapiro comparou-as a agentes de Intelig�ncia, que t�m informa��o vital sobre as amea�as.

Conhecidos como "neutralizantes", os tipos de anticorpos mais potentes s�o como um chiclete que gruda na ponta de uma chave, impedindo que abra a fechadura.

H� outros anticorpos menos conhecidos que n�o s�o t�o pegajosos como os "neutralizantes", mas que, ainda assim, ajudam a prender o v�rus, arrastando-o para as c�lulas do sistema imunol�gico, ou pedindo ajuda e aumentando a resposta geral.

As s�cias fundamentais das c�lulas B s�o as "c�lulas T", que podem ser divididas entre "ajudantes" e "assassinas".

"As assassinas atacam as c�lulas que foram infectadas", explicou Shapiro, mas tamb�m provocam danos colaterais.

As c�lulas T auxiliares "s�o como generais", acrescenta o pesquisador: alistam tropas, estimulam as c�lulas B para que aumentem sua produ��o e direcionam as c�lulas letais para o inimigo.

- Deter uma doen�a grave

Devido � importante muta��o de sua prote�na spike, a variante �micron pode escapar mais facilmente, neutralizando os anticorpos apresentados por uma infec��o, ou vacina��o anterior.

A m� not�cia � que isso torna as pessoas mais propensas a sofrerem infec��es sintom�ticas.

A boa not�cia � que as c�lulas T n�o s�o t�o f�ceis de enganar, pois t�m um "perisc�pio" nas c�lulas infectadas, onde podem buscar as partes constituintes do v�rus durante seu ciclo de replica��o, disse Wherry.

S�o muito melhores para reconhecer os sinais dos inimigos, com os quais j� se encontraram, mesmo quando se disfar�am para superar os anticorpos.

As c�lulas T assassinas executam miss�es de busca e destrui��o. Perfuram as c�lulas infectadas, abrindo-as e provocando rea��es para que as prote�nas inflamat�rias conhecidas como "citocinas" entrem no combate.

Dependendo da velocidade de resposta, uma pessoa vacinada que contraia a infec��o pode ter sintomas leves, semelhantes aos de um resfriado, ou sintomas moderados similares aos da gripe. As chances de forma grave da doen�a s�o, no entanto, drasticamente reduzidas.

Nada disso diminui o valor da aplica��o de doses de refor�o, porque elas provocam uma disparada da produ��o de todos os tipos de anticorpos e tamb�m parecem treinar ainda mais as c�lulas B e T.

"A �micron � preocupante, mas o copo ainda est� meio cheio. N�o vai escapar totalmente da nossa resposta", afirmou Wherry.


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