Restri��es por covid-19 e press�o sobre n�o vacinados aumentam no mundo

A uma semana do Natal e frente ao avan�o da variante �micron do coronav�rus, restri��es de todo o tipo voltam a se multiplicar pelo mundo, como o cancelamento de eventos, ou o fechamento de locais culturais, enquanto aumenta a press�o sobre os n�o vacinados.

Identificada h� um m�s na �frica do Sul, esta nova variante j� foi detectada em cerca de 80 pa�ses e avan�a, de forma acelerada, na Europa, onde pode se tornar dominante em meados de janeiro, de acordo com a Comiss�o Europeia.

Com a chegada das festas de fim de ano, v�rios pa�ses europeus refor�aram as medidas sanit�rias, ou v�o fazer isso em breve.

A Alemanha anunciou que acrescentou o Reino Unido � categoria mais alta de �reas com risco de cont�gio por covid-19, o que representa v�rias restri��es de viagem.

A decis�o, que entra em vigor � meia-noite de domingo, veio em resposta � r�pida dissemina��o da variante �micron em solo brit�nico. A Alemanha j� havia classificado a Dinamarca e a Fran�a como �reas de risco.

Na Fran�a, o governo pediu �s prefeituras que cancelem shows e fogos de artif�cio programados para a noite de Ano Novo. A cidade de Paris reagiu imediatamente e anunciou, neste s�bado (18), que n�o haver� as tradicionais celebra��es na Champs Elys�es.

Na Irlanda, bares e restaurantes ter�o de fechar �s 20h locais, a partir de domingo (19). A medida ficar� em vigor at� o final de janeiro.

J� a Dinamarca fechar� por um m�s, tamb�m a partir de amanh�, teatros, cinemas, casas de shows, parques de divers�es e museus. Na sexta-feira (17), o pa�s registrou um recorde de 11.000 novos casos de covid-19, dos quais 2.500 eram da variante �micron.

A Holanda ordenou o fechamento, a partir de domingo, de todos os com�rcios n�o essenciais, restaurantes, bares, museus e teatros, medida v�lida at� 14 de janeiro. Escolas, por sua vez, poder�o reabrir a partir do dia 9.

E as resid�ncias holandesas s� t�m permiss�o para receber duas visitas por vez, exceto pelo dia do Natal.

No continente americano, Qu�bec vai aplicar limites ao n�mero de pessoas em bares, restaurantes e estabelecimentos comerciais.

Na �sia, a Coreia do Sul restabeleceu, neste s�bado, hor�rios de fechamento obrigat�rio para caf�s, restaurantes, cinemas e outros locais p�blicos, e as reuni�es privadas devem se limitar a quatro pessoas. Medidas de restri��o de viagens tamb�m voltaram a entrar em vigor neste fim de semana.

A partir de s�bado, a Fran�a restabeleceu a obriga��o de se apresentar "motivos urgentes" aos viajantes procedentes, ou que tenham o Reino Unido como destino.

Alguns pa�ses da Uni�o Europeia (UE), como Irlanda, Portugal, It�lia e Gr�cia, exigem que os viajantes europeus, incluindo os vacinados, apresentem um teste negativo para covid-19.

- Press�o sobre n�o vacinados -

As medidas chegam acompanhadas de press�es crescentes sobre as pessoas ainda n�o vacinadas, que v�o, em alguns casos, al�m da obriga��o de se imunizar contra o coronav�rus.

Em Los Angeles, por exemplo, todos os funcion�rios da prefeitura, incluindo policiais e bombeiros, que n�o tenham recebido uma isen��o por motivos m�dicos, ou religiosos, dever�o estar vacinados a partir deste s�bado, sob pena de serem colocados em licen�a administrativa.

De acordo com os servi�os da prefeitura, pouco mais de 43.800 dos servidores, ou 79% do total, estavam em dia com a cartela de vacina��o esta semana.

A obrigatoriedade de vacina��o foi fortemente contestada por alguns policiais e bombeiros que recorreram � Justi�a para tentar suspender a medida.

De acordo com a rede americana NBC, cerca de 80% dos policiais de Los Angeles est�o vacinados contra a covid-19, e mais de 2.500 pediram isen��es.

Na sexta-feira, um tribunal federal americano restabeleceu a vacina��o obrigat�ria para funcion�rios de grandes empresas, conforme solicitado pelo governo. Esta medida havia sido suspensa em novembro por um tribunal de apela��es do Texas.

Na Su��a, a partir de segunda-feira (20), apenas pessoas vacinadas, ou que tenham se recuperado do v�rus, ter�o acesso a restaurantes, estabelecimentos culturais, instala��es esportivas e de entretenimento, assim como a eventos em espa�os fechados.

Uma exig�ncia similar entrar� em vigor na Fran�a no in�cio de 2022, onde um simples teste negativo n�o ser� mais suficiente, como faziam as pessoas n�o vacinadas at� agora.

- Vacina��o de menores -

A vacina��o para menores foi aprovada no Brasil, depois de come�ar a ser aplicada em pa�ses como Chile, Canad�, Estados Unidos, Israel, It�lia e Gr�cia.

Um dos pa�ses com maiores n�veis de vacina��o do mundo, Portugal iniciou neste s�bado sua campanha de imuniza��o de crian�as dos 5 aos 11 anos, seguindo os passos de outros pa�ses europeus para conter o avan�o da variante �micron.

Cerca de 60.000 crian�as, do total de 640.000 de menores desta faixa et�ria, foram inscritas para receber a primeira dose do imunizante pedi�trico da Pfizer a partir deste fim de semana.

A Fran�a inicia na pr�xima quarta-feira (22) a campanha de vacina��o anticovid deste grupo et�rio.

"Se tudo correr bem, no dia 22 (de dezembro) � tarde, come�aremos a vacina��o das crian�as, nos centros adaptados" para menores, disse o ministro da Sa�de, Olivier V�ran, � emissora France Inter.

A farmac�utica Pfizer anunciou na sexta-feira que pretende testar a terceira dose da vacina em crian�as menores de cinco anos, o que pode levar a empresa a apresentar um pedido de autoriza��o de aplica��o de tr�s doses nesta faixa de idade.

PFIZER