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Estado de Minas HONG KONG

Governante de Hong Kong comemora resultado das elei��es; G7 denuncia 'eros�o' da democracia


20/12/2021 21:07 - atualizado 20/12/2021 21:14

A chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, comemorou os resultados das elei��es legislativas nesta segunda-feira (20), enquanto os pa�ses do G7 denunciaram a "eros�o" da democracia no territ�rio, j� que apenas os candidatos leais a Pequim puderam participar.

Apenas 30% da popula��o - 1,3 milh�o de eleitores de um total de 4,5 milh�es - elegeram o Conselho Legislativo no domingo. � a menor taxa de participa��o em tr�s d�cadas.

� a primeira elei��o a ser realizada com as novas regras ditadas pela China, que exigem que todos os candidatos sejam examinados para verificar sua lealdade pol�tica e reduzem drasticamente o n�mero de assentos por sufr�gio universal.

Para a chefe de governo da ex-col�nia brit�nica, os dados foram bastante positivos.

"Hong Kong est� de volta ao caminho correto de 'um pa�s, dois sistemas'", declarou Lam, em refer�ncia ao modelo usado pela China para dar certa autonomia � cidade.

"N�o podemos simplesmente copiar e pegar o chamado sistema democr�tico dos pa�ses ocidentais", acrescentou, depois de argumentar que, com as novas regras, elementos "anti-China" foram exclu�dos e a tranquilidade pol�tica foi restaurada.

Em comunicado conjunto, os ministros de Rela��es Exteriores dos pa�ses do G7 (Alemanha, Canad�, Estados Unidos, Fran�a, It�lia, Jap�o e Reino Unido) expressaram sua "profunda preocupa��o" com a "eros�o dos elementos democr�ticos do sistema eleitoral".

Tamb�m reiteraram "energicamente" seu apelo para que a China "respeite os direitos e liberdades fundamentais em Hong Kong".

A China segue uma pol�tica de repress�o contra a oposi��o em Hong Kong desde as grandes manifesta��es pr�-democracia de 2019.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, indicou que a vota��o foi "um novo passo para desmantelar o princ�pio de 'um pa�s, dois sistemas'", e pediu tamb�m "um maior grau de autonomia e respeito aos direitos humanos".

Zhao Lijian, porta-voz do minist�rio chin�s das Rela��es Exteriores, atribuiu o reduzido n�vel de participa��o � situa��o de sanit�ria, "os elementos anti-China que buscan destruir Hong Kong e a interfer�ncia de for�as externas".

- "Tens�o" -

Lam tem uma viagem a Pequim prevista para esta segunda-feira, para se reunir com os l�deres chineses. Com uma aprova��o p�blica de 36%, a chefe do executivo n�o se pronunciou sobre se optar� por um segundo mandato em mar�o.

Hong Kong nunca foi considerada uma democracia plena, nem quando era col�nia brit�nica ou ap�s sua devolu��o � China em 1997.

Como resultado da reforma eleitoral imposta por Pequim, a assembleia local est� composta por pol�ticos leais ao governo chin�s.

Este ano, para se candidatar a uma vaga, cada um dos 153 candidatos teve que demonstrar seu "patriotismo" e lealdade pol�tica � China.

Al�m disso, apenas 20 dos 90 assentos do do Conselho Legislativo (o "LegCo") ser�o eleitos diretamente.

A maioria das cadeiras (40) � definida por um comit� de 1.500 partid�rios de Pequim. As 30 restantes s�o eleitas por comit�s pr�-Pequim que representam organiza��es empresariais e outros setores.

Assim, a taxa de participa��o, um reflexo do apoio do povo de Hong Kong ao novo sistema eleitoral, era especialmente esperada.

- "Muito inc�modo" -

"A tens�o entre as autoridades e a popula��o ainda persistir� por muito tempo, pois os legisladores n�o s�o mediadores porque devem submeter-se � linha de Pequim", declarou � AFP Chung Kim-wah, do Instituto de Pesquisas sobre a Opini�o P�blica de Hong Kong.

A reduzida participa��o � "muito inc�moda" para o governo, destacou Kenneth Chan, cientista pol�tico da Universidade Batista de Hong Kong. "A maioria dos eleitores que defende a democracia decidiu se abster, para expressar sua desaprova��o", disse � AFP.

A elei��o de domingo recebeu apoio aberto de Pequim, que v� o novo sistema como uma forma de eliminar os elementos "anti-China" e restaurar a ordem com uma legislatura livre de opositores perturbadores.

Os cr�ticos respondem que a China autorit�ria praticamente baniu os partidos de oposi��o em uma cidade que se orgulhava da diversidade de seu cen�rio eleitoral.

Dezenas de figuras da oposi��o, incluindo algumas que conquistaram assentos legislativos em elei��es anteriores, foram presas, desqualificadas ou fugiram para o exterior.

A absten��o, o voto em branco ou o voto nulo ainda s�o legais em Hong Kong. No entanto, a partir deste ano, promover essas pr�ticas constitui crime, pelo qual 10 pessoas foram presas.


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