"N�o quero mais estar representada 'nesse' Kunsthaus", disse Cahn, uma artista de renome mundial, em uma carta publicada nesta quarta-feira (22) no seman�rio judeu Tachles.
No texto, ela acusa a institui��o de "cegueira hist�rica".
Desde a inaugura��o de uma nova ala em outubro passado para abrigar a cole��o B�hrle de forma permanente, o famoso museu se viu mergulhado em uma forte pol�mica.
De origem alem� e nacionalizado su��o em 1937, o comerciante Emil B�hrle (1890-1956) fez fortuna durante a Segunda Guerra Mundial vendendo armas para os aliados, mas tamb�m para a Alemanha de Hitler. Com isso, prosperou at� se tornar o homem mais rico da Su��a.
Em vida, B�hrle montou uma impressionante cole��o de arte, que inclui telas de Manet, Degas, C�zanne, Monet, Renoir, Gauguin, Van Gogh, Picasso e Braque.
� �poca, teve de devolver, por�m, algumas das obras, devido � sua proced�ncia duvidosa. Suspeitava-se que haviam sido roubadas pelos nazistas, ou vendidas �s pressas por seus propriet�rios para fugirem da Alemanha nazista.
"Desejo retirar todas as minhas obras do Kunsthaus de Zurique. Vou compr�-las novamente pelo valor de mercado", escreveu Cahn, de 72 anos, conhecida por suas telas que retratam silhuetas di�fanas e espectrais.
Procurado pela AFP, o Museu Kunsthaus preferiu n�o comentar a carta do artista.
"At� o momento, ela n�o nos comunicou sua inten��o de 'retirar', ou de 'comprar de volta' suas obras", afirmou o assessor de imprensa da institu��o, Bj�rn Quellenberg.
A decis�o de expor a cole��o foi tomada ap�s um estudo hist�rico encomendado pelo Kunsthaus � Universidade de Zurique, a pedido das autoridades su��as. Agora, a pesquisa ser� revisada por um grupo de especialistas, anunciou o museu.
GENEBRA