"A China continuar� modernizando seu arsenal nuclear por motivos de confiabilidade e seguran�a", declarou o diretor-geral do Departamento de Controle de Armas do Minist�rio chin�s das Rela��es Exteriores, Fu Cong.
Na segunda-feira (3), os cinco membros permanentes do Conselho de Seguran�a da ONU (Estados Unidos, China, R�ssia, Reino Unido e Fran�a) emitiram um comunicado, no qual prometeram "evitar a prolifera��o" de armas nucleares.
Tamb�m se comprometeram com o futuro desmantelamento completo de seus arsenais.
Bombas at�micas foram usadas apenas duas vezes, em agosto de 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos lan�aram uma em Hiroshima, e outra, em Nagasaki.
Criar um mundo livre de armas at�micas parece dif�cil, por�m, dado o aumento das tens�es geopol�ticas entre essas pot�ncias.
Tamb�m h� uma preocupa��o global crescente com a r�pida moderniza��o militar da China, em especial depois que suas For�as Armadas anunciaram que desenvolveram um m�ssil hipers�nico que pode atingir cinco vezes a velocidade do som.
Os Estados Unidos tamb�m garantiram que Pequim pretende expandir seu arsenal nuclear com at� 700 ogivas, at� 2027, e possivelmente 1.000, at� 2030.
Nesta ter�a, a China defendeu sua pol�tica de armas at�micas e convidou R�ssia e Estados Unidos, as maiores pot�ncias nucleares do mundo, a darem o primeiro passo para reduzir seus arsenais.
"Os Estados Unidos e a R�ssia ainda possuem 90% das ogivas nucleares da Terra", ressaltou Fu Cong. "T�m, portanto, que reduzir seus arsenais nucleares de forma irrevers�vel e legalmente vinculante", acrescentou.
Este respons�vel apontou como "falsas" as acusa��es dos Estados Unidos de que a China est� expandindo seu arsenal at�mico.
"A China sempre adotou a pol�tica de n�o ser a primeira a usar" a arma nuclear, disse Fu.
"Mantemos nossas capacidades nucleares no n�vel m�nimo necess�rio para nossa seguran�a nacional", garantiu Fu.
- Taiwan e Ucr�nia -
As rela��es entre Pequim e Washington t�m sido tensas por uma s�rie de quest�es, incluindo a inten��o da China de tomar Taiwan, que considera como parte de seu territ�rio.
A China descartou, no entanto, o uso desse tipo de arma no Estreito de Taiwan.
"As armas nucleares s�o uma ferramenta de dissuas�o, n�o s�o para guerra, ou combate", disse Fu.
Estados Unidos e R�ssia t�m mantido um di�logo formal sobre estabilidade estrat�gica desde a Guerra Fria, mas este n�o � o caso entre Washington e Pequim.
Na Europa, as tens�es com Moscou pioraram, devido ao ac�mulo de tropas russas na fronteira com a Ucr�nia. Isso gerou temores de que o Kremlin, preocupado com a expans�o da Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte (Otan) para sua �rea de influ�ncia, estivesse planejando um novo ataque � Ucr�nia.
Nesse contexto, a declara��o de segunda-feira sobre armas nucleares foi um raro momento de consenso entre os cinco membros permanentes do Conselho de Seguran�a da ONU.
"Afirmamos que uma guerra nuclear n�o pode ser vencida e nunca deve ser travada", afirmaram os cinco pa�ses signat�rios, destacando que, "enquanto existirem [armas nucleares], elas devem ser utilizadas para fins defensivos, dissuasores e de preven��o de guerra".
A declara��o foi emitida depois que a 10� confer�ncia de avalia��o do Tratado de N�o Prolifera��o Nuclear (TNP) foi adiada da data prevista de 4 de janeiro, devido � pandemia covid-19. O TNP est� em vigor desde 1970.
PEQUIM