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Estado de Minas CLIMA

Mais de 90% dos pa�ses ter�o um ano muito quente a cada dois, indica estudo

Aumentos mais fortes de calor ocorrer�o nas altas latitudes do Hemisf�rio Norte, como j� acontece, aponta estudo internacional


06/01/2022 22:15 - atualizado 07/01/2022 09:24

Mulher com calor se abana
(foto: Pixabay)


Quase todos os pa�ses do mundo poder�o experimentar temperaturas muito altas uma vez a cada dois anos a partir de 2030, indica um estudo publicado nessa quinta-feira (06/01), que destaca a responsabilidade dos maiores poluidores do mundo.

Publicado na revista "Communications Earth and Environment", o estudo cruza dados hist�ricos de emiss�es com os compromissos assumidos pelos cinco maiores emissores do mundo (China, Estados Unidos, Uni�o Europeia, �ndia e R�ssia) antes da confer�ncia mundial sobre o clima COP26.

O objetivo � fazer previs�es de aquecimento por regi�o at� o fim da d�cada. O resultado mostra que 92% dos 165 pa�ses pesquisados ter�o um ano extremamente quente a cada dois. Os anos "quentes" acontecem quando atingem um n�vel recorde, que costumava ser alcan�ado uma vez a cada 100 anos na era pr�-industrial.

Essa conclus�o "ressalta a urg�ncia e mostra que caminhamos para um mundo muito mais quente para todos", assinalou Alexander Nauels, da ONG Climate Analytics, co-autor do estudo.

Para ilustrar a contribui��o dos principais emissores para esse fen�meno, os pesquisadores recriaram como seria a situa��o se suas emiss�es fossem retiradas desde 1991, ano seguinte � publica��o do primeiro relat�rio de especialistas clim�ticos da ONU (IPCC). De acordo com esse modelo, a propor��o de pa�ses afetados por esses anos de calor extremo cairia para 46%.

Para Lea Beusch, da Universidade ETH de Zurique, o estudo mostra "a pegada clara" dos grandes emissores nas diferentes regi�es. "Acho que � muito importante, porque, em geral, falamos de quantidades abstratas de emiss�es ou de temperaturas mundiais que conhecemos, mas que n�o podemos sentir", explicou � AFP.

A perturba��o � particularmente evidente nas zonas tropicais africanas onde "as varia��es de um ano para o outro costumam ser bastante fracas", de modo que, "mesmo o aumento moderado que a regi�o experimentar�, em compara��o com outras, a faz sair verdadeiramente do seu padr�o clim�tico conhecido", indica Lea.

Em valores absolutos, os aumentos mais fortes ocorrer�o nas altas latitudes do Hemisf�rio Norte, como j� acontece. As consequ�ncias poderiam ser atenuadas com redu��es significativas nas emiss�es dos pa�ses, mas, segundo a ONU, os compromissos atuais levar�o a um aumento de 13,7% at� 2030, longe dos -50% considerados necess�rios para atingir o objetivo ideal do acordo de Paris de 2015.


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