A sess�o solene contou com a presen�a dos presidentes aliados Nicol�s Maduro (Venezuela), Miguel D�az-Canel (Cuba) e Juan Orlando Hern�ndez (Honduras).
Washington e Bruxelas consideram que as elei��es de 7 de novembro, nas quais Ortega foi reeleito com os principais advers�rios presos ou no ex�lio, n�o foram "democr�ticas". Em seu discurso de posse, Ortega, 76, ironizou as san��es americanas.
Os Estados Unidos e a UE anunciaram hoje novas san��es contra funcion�rios do alto escal�o, incluindo dois filhos de Ortega e Murillo e tr�s entidades estatais. V�rios pa�ses latino-americanos, por meio da Organiza��o dos Estados Americanos (OEA), tamb�m ignoraram a legitimidade das elei��es e exigiram a liberta��o dos oponentes presos.
As a��es da comunidade internacional foram descritas pelo governante sandinista como "agress�es" contra seu pa�s. Ele tamb�m acusou os Estados Unidos e a UE de "inger�ncia" e "desrespeito � soberania" e pediu em novembro o in�cio do processo de retirada do pa�s da OEA.
- R�ssia e China-
Manuel Orozco, analista e membro do Di�logo Interamericano, disse � AFP que Ortega e Murillo inauguram seu mandato "n�o sem desafios" devido � press�o internacional, descontentamento dos cidad�os, uma situa��o socioecon�mica gravemente deteriorada e forte dissens�o entre sua base governamental e a elite sandinista.
Ortega tenta equilibrar esses desafios aproximando-se da R�ssia e da China, mas sem fazer mudan�as pol�ticas internas, preservando o aparato repressivo e mantendo os presos pol�ticos como um cart�o de transa��o, destacou Orozco.
Nesse contexto, Ortega retomou as rela��es diplom�ticas com a China em 9 de dezembro, ap�s desfazer os la�os que o pa�s mantinha por mais de 30 anos com Taiwan e reconhecer o princ�pio de "uma China".
O restabelecimento das rela��es com Pequim foi acompanhado de uma doa��o de milhares de vacinas e tr�s semanas depois o pa�s asi�tico abriu a sua embaixada em Man�gua.
Tamb�m estreitou seus la�os com Moscou, que lhe proporcionou ampla coopera��o, desde trigo, vacinas anticovid, �nibus para renovar o transporte coletivo at� uma esta��o de sat�lite.
- Convidados da cerim�nia -
A cerim�nia de posse contou com a presen�a de delega��es da Bol�via, M�xico, Palestina e Rep�blica �rabe Sarau� Democr�tica. O presidente chin�s, Xi Jinping, nomeou Cao Jianming, vice-presidente do Comit� Permanente do Congresso Nacional do Povo, como enviado especial.
Tamb�m estiveram presentes convidados da R�ssia, Ir�, Coreia do Norte, S�ria, Belize, Vietn�, Laos, Camboja, Angola, Turquia, Belarus, Turquia, Egito, Mal�sia e I�men.
- UE amplia san��es -
O Conselho Europeu anunciou hoje a inclus�o de sete pessoas na lista de funcion�rios nicaraguenses sancionados, entre eles dois filhos e assessores de Daniel Ortega e Rosario Murillo, respectivamente presidente e vice-presidente do pa�s.
Em um comunicado, o Conselho informou que os sancionados "s�o respons�veis por graves viola��es dos direitos humanos, incluindo a repress�o da sociedade civil, o apoio a elei��es presidenciais e parlamentares fraudulentas, e o enfraquecimento da democracia e do Estado de Direito".
Entre os inclu�dos na lista destacam-se Camila Ortega Murillo e Laureano Ortega Murillo, filhos do casal presidencial e que atuam como assessores. Camila tamb�m � diretora do canal de televis�o Canal 13. Tamb�m foram inclu�dos a presidente do Conselho Supremo Eleitoral, Brenda Rocha Chac�n, e seu vice-presidente Cairo Amador Arrieta.
Nahima D�az, diretora do Instituto Nicaraguense de Telecomunica��es e Correios, tamb�m passou a ser alvo de san��es, assim como Lumberto Campbell, funcion�rio do Conselho Eleitoral. A lista se completa com Luis Montenegro Espinoza, da Superintend�ncia de Bancos.
O Conselho tamb�m incluiu na lista de san��es a Pol�cia Nacional da Nicar�gua, o Conselho Supremo Eleitoral e o Instituto de Telecomunica��es. Sendo assim, a lista de funcion�rios nicaraguenses sancionados pela UE j� chega a 21. Desde agosto do ano passado, est�o nela o pr�prio presidente Ortega e sua esposa, a vice-presidente Murillo.
MAN�GUA