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Estado de Minas CIDADE DO CABO

Suspeito de incendiar Parlamento sul-africano � acusado de terrorismo


11/01/2022 10:34

O homem suspeito de estar por tr�s do inc�ndio que devastou o Parlamento sul-africano no in�cio de janeiro na Cidade do Cabo foi acusado de "terrorismo", nesta ter�a-feira (11), e deve passar por uma avalia��o psiqui�trica ap�s um diagn�stico inicial de esquizofrenia.

Zandile Christmas Mafe, de 49 anos, chegou � audi�ncia com a cabe�a raspada e terno preto.

Apresentado como sem-teto, Mafe foi detido na manh� de 2 de janeiro, poucas horas ap�s o in�cio do inc�ndio, no recinto do Parlamento. Foi acusado tr�s dias depois.

O suspeito "� culpado" de ter violado uma lei de "prote��o da democracia constitucional contra o terrorismo", segundo a acusa��o consultada pela AFP.

O porta-voz do Minist�rio P�blico, Eric Ntabazalila, disse � imprensa que "o acusado detonou um artefato no Parlamento", sem especificar de que natureza.

Na audi�ncia, o MP informou que essa acusa��o adicional foi inclu�da na v�spera, depois que os investigadores assistiram aos v�deos das c�meras de vigil�ncia.

O homem j� havia sido acusado de ter entrado por "arrombamento" no edif�cio, de ter "incendiado os pr�dios do Parlamento" e de ter roubado "laptops, pratos e documentos".

Desde sua pris�o, muitas vozes se levantaram para apresent�-lo como bode expiat�rio, enfatizando as brechas de seguran�a e a falha do sistema contra inc�ndio.

Dezenas de manifestantes, incluindo v�rios sem-teto, protestaram em frente ao tribunal.

Um homem contou suas lembran�as da noite anterior ao inc�ndio. Ele dormia em uma rua ao lado do Parlamento e ouviu um barulho. Imaginou se tratar de uma colis�o entre carros e adormeceu novamente, at� ver a fuma�a e perceber que o Parlamento estava em chamas.

No tribunal, seu advogado de defesa, Dali Mpofu, disse que Mafe foi avaliado em 3 de janeiro e diagnosticado com "esquizofrenia paranoica". Em fun��o disse, insistiu em que a liberdade condicional de seu cliente seja examinada.

Um dos advogados mais famosos do pa�s, com uma lista de clientes de alto perfil que inclui o ex-presidente Jacob Zuma, Mpofu se recusou a informar � AFP se representa o acusado gratuitamente.

O MP respondeu que seria uma "perda de tempo", pedindo 30 dias de observa��o para avaliar o estado psicol�gico do acusado. O juiz decidiu nesse sentido, alegando ter "as m�os atadas": para examinar seu destino � necess�rio saber se o acusado estar� "apto para ser julgado".

De acordo com os primeiros elementos da investiga��o divulgados pelas autoridades, o sistema de detec��o de inc�ndio estava "com defeito", e "o sistema de sprinklers n�o funcionou". Este sistema havia sido revisado pela �ltima vez em 2017, e uma inspe��o programada para fevereiro de 2020 n�o foi realizada.

As c�meras de vigil�ncia mostraram Zandile Mafe no pr�dio por volta das 2h. "Mas os seguran�as viram-no apenas por volta das 6h, quando olharam para as telas, alertados pela fuma�a", disse � AFP a ministra de Obras P�blicas, Patricia De Lille.

"As c�meras funcionaram. O problema � que ningu�m estava olhava para elas naquela noite fat�dica", afirmou, referindo-se a "uma falha na seguran�a".

Os bombeiros sul-africanos lutaram por mais de 48 horas at� conseguirem dominar o fogo completamente. O inc�ndio n�o deixou v�timas, mas devastou um dos edif�cios mais emblem�ticos da democracia sul-africana.


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