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Estado de Minas PARIS

F�sseis et�opes do Homo sapiens s�o 35.000 anos mais antigos do que se pensava


12/01/2022 16:23

Um dos f�sseis mais antigos de Homo sapiens, encontrado na Eti�pia, poderia ter 230.000 anos, 35.000 a mais do que se pensava, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (12) na revista Nature.

Em 1967, a equipe do paleont�logo queniano Richard Leakey descobriu os restos de "Omo Kibish 1" no vale do Omo, no sul da Eti�pia. A regi�o � conhecido em todo o mundo por seus numerosos homin�deos pr�-hist�ricos.

Os restos estavam muito danificados e por isso era dif�cil determinar a idade dos f�sseis. Durante muito tempo, os especialistas estiveram divididos sobre sua antiguidade.

Mas em 2005, um grupo de ge�logos analisou a camada de rocha logo abaixo da descoberta e determinou que Omo I tinha pelo menos 195.000 anos de antiguidade. Tornou-se, assim, o f�ssil mais antigo detectado no leste da �frica.

"Ainda havia muita incerteza em rela��o � sua idade", explica � AFP C�line Vidal, principal autora do estudo publicado nesta quarta-feira na Nature, referindo-se a Omo I.

Por isso, a vulcan�loga da Universidade de Cambridge decidiu explorar novamente a bacia sedimentar de Omo Kibish, alimentada pelo rio Kibish.

Situada no Grande Vale do Rift, a regi�o sofreu violentas erup��es vulc�nicas entre 300.000 e 60.000 anos antes de Cristo.

- Erup��es vulc�nicas e cinzas -

Para se obter uma data mais precisa era necess�rio analisar a grossa camada de cinzas depositada sobre os f�sseis, explicou Vidal.

"Neste momento era quase imposs�vel, j� que a cinza era muito fina, quase como farinha", detalhou.

Gra�as a m�todos mais sofisticados dispon�veis hoje em dia, a equipe de Vidal p�de examinar a camada de cinzas que cobria os restos e relacionar estes dep�sitos vulc�nicos com uma explos�o colossal do vulc�o Shala h� 233.000 anos.

As an�lises permitiram datar os f�sseis de Omo debaixo desta camada em aproximadamente "233.000 anos, com margem de erro de 22.000 anos", detalhou o estudo, lembrando que os restos poderiam ser inclusive mais antigos.

"Trata-se de um grande salto no tempo", disse o coautor do estudo e paleoantrop�logo Aurelien Mounier.

Ele acrescentou que a nova idade m�nima de Omo I � mais coerente com as teorias mais recentes da evolu��o humana.

Tamb�m o aproxima da idade dada aos que atualmente s�o considerados os restos de Homo sapiens mais antigos, descobertos no Marrocos em 2017 e que t�m 300.000 anos.

Mas segundo Mounier, � o cr�nio et�ope que constitui "a prova mais s�lida da presen�a mais remota de Sapiens" em toda a �frica.

Quando se comparam as ab�badas cranianas dos dois esp�cimes, o Omo 1 "� o �nico que possui plenamente as caracter�sticas morfol�gicas do homem moderno".

A forma mais alongada do cr�nio de Jebel Irhoud, do Marrocos, sugere um formato mais primitivo.


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