Esta semana, o cap�tulo mais recente da franquia, estrelado novamente pela dupla, chega aos cinemas com o mesmo visual, mas agora para mostrar sua vis�o de um g�nero que tomou outro rumo.
"Gra�as a Deus estamos trabalhando em uma franquia e em um universo em que n�o h� problema em um filme ser muito auto-reflexivo", disse o co-diretor de produ��o, Tyler Gillett, � AFP.
Assim como no filme original de 1996, os personagens do novo "P�nico" passam boa parte da trama discutindo cl�ssicos do terror, tentando adivinhar qual deles ser� o pr�ximo a ser morto.
Eles ent�o percebem que o alvo da �ltima onda de ataques em sua cidade na Calif�rnia s�o pessoas ligadas aos assassinos originais.
Um dos personagens explica a atra��o que o novo p�blico sente pelos "requels", filmes que relan�am as franquias com um elenco mais jovem ligado aos protagonistas originais.
Diante dos olhares atentos de seus coadjuvantes mais jovens, o ator David Arquette, tamb�m de volta para esta produ��o, adverte: "Existem certas regras para sobreviver, acredite, eu sei".
O filme tamb�m visita cen�rios que marcaram a franquia.
Come�a com uma cena que evoca a morte r�pida de Drew Barrymore no original, ao receber uma liga��o do assassino no telefone fixo antes dos cr�ditos iniciais do filme aparecerem.
"Uma das coisas que 'P�nico' faz muito bem � nunca subestimar seu p�blico."
- Quem foi? -
Embora os diretores quisessem aproveitar a oportunidade para produzir uma "carta de amor" ao falecido Wes Craven, que dirigiu todos os quatro filmes da franquia, Gillett disse que esta parte n�o poderia ser "apenas nostalgia".
Ao contr�rio do original, que surgiu quando o terror slasher estava perdendo for�a - marcado pela presen�a de um personagem que assassina brutalmente jovens -, o novo "P�nico" surge em um momento em que emerge um novo terror art�stico, com consci�ncia social, do m�o do diretor Jordan Peele.
Os personagens do filme discutem pomposamente sua aprecia��o pelo g�nero, mencionando filmes como "O Babadook", "Heredit�rio", bem como "Corra!" de Peele.
"Vivemos uma era de ouro. E tamb�m esperamos que este filme apresente �s pessoas aqueles filmes com os quais elas n�o est�o familiarizadas", disse Bettinelli-Olpin.
"Estamos claramente brincando e nos divertindo com essa ideia de 'horror art�stico', acrescentou Gillett.
"Independentemente de como voc� queira cham�-lo para se sentir bem assistindo a um filme de terror, para n�s tudo � acess�rio. Enquanto as pessoas ficarem animadas com as hist�rias, para n�s tudo vale a pena."
Uma coisa que n�o mudou � o elemento de suspense, de identificar quem � o assassino por tr�s da distintiva m�scara branca que emula um fantasma.
Para manter a inc�gnita, os cineastas trabalharam nas reviravoltas e em evitar que vazassem o roteiro.
Na audi��o, por exemplo, os atores s� tiveram acesso �s cenas de abertura do filme.
"Mesmo quando t�nhamos o elenco, demos a eles apenas as p�ginas do personagem", disse o produtor executivo Chad Villella. "Eles realmente abra�aram o suspense".
LOS ANGELES