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Estado de Minas GENEBRA

HRW pede boicote diplom�tico aos Jogos de Inverno de Pequim


13/01/2022 08:01
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A China est� usando os Jogos Ol�mpicos de Inverno para "limpar" seu hist�rico "horr�vel" em termos de direitos humanos, alertou o diretor da ONG Human Rights Watch (HRW), pedindo aos pa�ses que participem de um boicote diplom�tico.

"O governo chin�s est� claramente tentando usar as Olimp�adas de Pequim para encobrir sua horr�vel repress�o", declarou Kenneth Roth em entrevista � AFP antes da divulga��o do relat�rio anual da HRW nesta quinta-feira (13).

Estados Unidos, Reino Unido, Austr�lia e Canad� anunciaram que n�o v�o enviar seus representantes pol�ticos para a abertura dos Jogos de Inverno de Pequim, em 4 de fevereiro, alegando viola��es de direitos humanos por parte da China, principalmente contra a minoria mu�ulmana uigur na regi�o de Xinjiang (noroeste).

O diretor da HRW insistiu que outros pa�ses tamb�m deveriam se abster de enviar altos funcion�rios aos Jogos, para ajudar a "expor as atrocidades em massa" na regi�o, bem como o "esmagamento das liberdades b�sicas em Hong Kong" por parte da China.

Tamb�m lembrou que a HRW n�o pede aos atletas que boicotem os Jogos, mas insistiu que os governos n�o podem se limitar a "fingir que tudo est� normal".

"No m�nimo, a comunidade internacional deveria participar do boicote diplom�tico aos Jogos", acrescentou.

Questionado nesta quinta-feira sobre tais declara��es, o minist�rio das Rela��es Exteriores chin�s acusou a ONG de estar, "como sempre, cheia de preconceitos" e de "fabricar mentiras" para "semear disc�rdia".

"As palavras e a��es infelizes (da HRW) que buscam prejudicar a causa ol�mpica n�o alcan�ar�o seu objetivo", disse um porta-voz do minist�rio, Wang Wenbin, a rep�rteres.

Roth insistiu que os patrocinadores ol�mpicos deveriam se posicionar. "Em vez de promover" essa tentativa de encobrir os abusos, as empresas deveriam "colocar os holofotes no que est� acontecendo em Xinjiang", disse.

Ativistas denunciam que pelo menos um milh�o de uigures e outras minorias, principalmente mu�ulmanas, foram presos em "campos de reeduca��o" em Xinjiang. Pequim afirma que s�o centros de forma��o profissional destinados a reduzir o extremismo isl�mico.

"Todas as empresas deveriam fazer o poss�vel para evitar endossar ou legitimar a repress�o do governo chin�s", disse Roth, observando que a recente decis�o da montadora Tesla de abrir uma concession�ria naquela regi�o mostra "uma absoluta falta de sensibilidade".

O diretor da HRW, no entanto, afirmou que muitos pa�ses parecem mais determinados a criticar a China nas Na��es Unidas, em Nova York e Genebra.

Mas lamentou que o secret�rio-geral da ONU, Antonio Guterres, que planeja participar da abertura dos Jogos, "tenha mantido sil�ncio absoluto e se recusado a criticar o governo chin�s". "Este � um enorme fracasso global", concluiu.


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