AT&T; e Verizon tinham previsto ativar a nova tecnologia de internet m�vel ultrarr�pida em todo o pa�s nesta quarta-feira (19).
Mas a ag�ncia americana de avia��o, a FAA, continua preocupada com as poss�veis interfer�ncias entre as frequ�ncias usadas pela 5G e instrumentos de voo essenciais para a aterrissagem de aeronaves em certas condi��es e exigiu alguns ajustes.
Por enquanto, a FAA validou o uso de certos modelos de radioalt�metros e deu seu aval para 48 de 88 aeroportos americanos que est�o entre os mais diretamente afetados pelos riscos de interfer�ncia, impondo restri��es em alguns casos.
Os diretores de dez empresas de transporte a�reo alertaram na segunda-feira para o "caos" em potencial que representaria a ativa��o perto de alguns aeroportos e pediram �s autoridades que intervenham "imediatamente" para evitar "uma importante perturba��o operacional para os passageiros, os trabalhadores de transporte, as redes de abastecimento e a entrega de bens m�dicos essenciais".
Nesse contexto, AT&T; e Verizon, que j� tinham adiado v�rias vezes a ativa��o da 5G desde dezembro, aceitaram adiar temporariamente a ativa��o das torres de telefonia m�vel em volta de certas pistas de aeroportos, ao mesmo tempo em que continuam com o lan�amento da rede no resto do pa�s.
A AT&T; decidiu, por exemplo, n�o ativar as torres instaladas em um per�metro de 3,2 quil�metros em tornou dos aeroportos especificados pela FAA.
O presidente Joe Biden agradeceu em um comunicado �s duas operadoras por sua decis�o, que segundo ele evita perturbar o tr�fego a�reo e permite a ativa��o da imensa maioria das torres de telefonia m�vel 5G, elemento essencial para a competitividade do pa�s.
Especialistas da Casa Branca v�o continuar trabalhando "sem descanso" com as operadoras de telefonia, as companhias a�reas e as fabricantes de avi�es para encontrar "uma solu��o permanente e funcional em torno destes aeroportos-chave", assegurou.
- Frustra��o -
A decis�o foi tomada para "continuar trabalhando com a ind�stria aeron�utica e a FAA" e "fornecer-lhes informa��es mais amplas" sobre esta nova tecnologia, disse a AT&T.;
As duas operadoras lamentaram, no entanto, que as autoridades tenham demorado tanto em reagir � ativa��o da 5G, prevista h� pelo menos dois anos.
A FAA e as companhias a�reas do pa�s "n�o foram capazes de resolver a problem�tica da 5G em torno dos aeroportos, embora a tecnologia tenha sido ativada de forma segura e eficaz em mais de 40 pa�ses", destacou um porta-voz da Verizon em mensagem transmitida � AFP.
"Estamos frustrados com a incapacidade da FAA de fazer o que quase 40 pa�ses fizeram, que � ativar com toda a seguran�a a tecnologia 5G sem perturbar os servi�os a�reos", destacou a AT&T; em mensagem � parte.
A quest�o das consequ�ncias da ativa��o da 5G nos Estados Unidos come�ou a ganhar for�a em novembro, ap�s a publica��o pela FAA de um boletim especial, pedindo �s empresas afetadas para compartilhar informa��es espec�ficas sobre os radioalt�metros, radar que mede a dist�ncia que separa o avi�o do solo e � essencial para pousar de noite ou em caso de visibilidade ruim.
Certas frequ�ncias atribu�das a AT&T; e Verizon em fevereiro de 2021 ao fim de uma licita��o de dezenas de bilh�es de d�lares, que v�o de 3,7 a 3,98 GHz, s�o de fato pr�ximas �s usadas pelos radioalt�metros, que funcionam no espectro de 4,2 a 4,4 GHz.
Embora n�o haja risco de interfer�ncia direta entre as frequ�ncias, a intensidade da emiss�o das antenas 5G ou parte de suas emiss�es poderiam gerar problemas em certos alt�metros.
Em dezembro, as fabricantes de aeronaves Airbus e Boeing tamb�m expressaram "preocupa��o" sobre poss�veis perturba��es nos instrumentos de seus avi�es pela 5G nos Estados Unidos, pois o pa�s escolheu frequ�ncias mais pr�ximas das de seus radioalt�metros do que as usadas na Europa e na Coreia do Sul.
AT&T; CORPORATION
NOVA YORK