Blinken visita a Ucr�nia antes de se reunir com seus aliados europeus em Berlim e na sexta-feira tem programado um encontro com o ministro russo das Rela��es Exteriores, Serguei Lavrov, em Genebra.
O americano lan�ou uma advert�ncia ao presidente russo, Vladimir Putin, para que dissipe os temores de uma invas�o e adote a via da diplomacia.
"Espero, firmemente, que possamos manter isso em uma via pac�fica e diplom�tica, mas, em �ltima an�lise, esta � uma decis�o do presidente Putin", afirmou Blinken na Embaixada dos Estados Unidos em Kiev.
O secret�rio de Estado advertiu ainda que, se Putin n�o seguir a via da diplomacia, estar� adotando um caminho "de confronta��o com consequ�ncias para a R�ssia".
As tens�es entre Moscou e o Ocidente est�o em um n�vel jamais visto desde a Guerra Fria, depois que a R�ssia enviou dezenas de milhares de tropas para a fronteira com a Ucr�nia, alimentando temores de um conflito mais amplo no Leste Europeu.
A R�ssia diz que n�o tem planos de lan�ar uma invas�o, mas pede garantias de que a Ucr�nia n�o ser� admitida na Otan, em troca da diminui��o das tens�es.
Antes do encontro em Genebra, Blinken ir� a Berlim para um encontro com autoridades de Reino Unido, Fran�a e Alemanha com o objetivo de mostrar uma posi��o unida das pot�ncias ocidentais.
- Mais ajuda militar dos EUA -
Nas ruas do reduto separatista de Donetsk, no leste da Ucr�nia, moradores expressaram � AFP sua esperan�a de que o conflito aberto seja evitado.
"As conversas s�o boas, pelo menos n�o � uma guerra", disse Alexei Bokarev, um mineiro aposentado de 77 anos.
"As armas est�o caladas e as negocia��es est�o em andamento, isso implica que algum tipo de solu��o est� sendo buscada, como tudo isso vai acabar? Ningu�m sabe", completou.
Antes de se encontrar com o presidente da Ucr�nia, Volodimir Zelensky, o chefe da diplomacia americana alertou que Putin poderia estar se preparando para enviar mais tropas para a Ucr�nia.
"Sabemos que h� planos em andamento para aumentar esse contingente em muito pouco tempo, e isso d� ao presidente Putin a capacidade de, em um curto intervalo de tempo, lan�ar mais a��es agressivas contra a Ucr�nia", afirmou.
Um alto funcion�rio, que pediu anonimato, confirmou que Washington fornecer� US$ 200 milh�es adicionais em ajuda militar � Ucr�nia, al�m dos US$ 450 milh�es j� doados pelo governo de Joe Biden.
"Estamos comprometidos com a soberania e a integridade territorial da Ucr�nia e continuaremos a dar � Ucr�nia o apoio de que ela precisa", disse o funcion�rio.
Zelensky saudou o aumento da ajuda "em tempos dif�ceis".
- "Situa��o extremamente perigosa" -
Ap�s o fracasso da rodada de negocia��es da semana passada, a Casa Branca alertou na ter�a-feira que a R�ssia estava preparada para atacar a Ucr�nia "a qualquer momento".
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, alertou que a Ucr�nia est� em uma "situa��o extremamente perigosa" e disse que "nenhuma op��o est� fora da mesa".
Na ter�a, Lavrov declarou que n�o haver� mais negocia��es com o Ocidente at� que haja uma resposta por escrito �s suas exig�ncias de seguran�a.
Al�m do veto � entrada da Ucr�nia na Otan, a R�ssia quer limitar as atividades militares nos pa�ses do antigo Pacto de Vars�via e nas ex-rep�blicas sovi�ticas que aderiram � alian�a atl�ntica ap�s o fim da Guerra Fria.
Washington rejeitou categoricamente as exig�ncias russas e alertou Moscou que, se invadir a Ucr�nia, enfrentar� pesadas san��es.
As tens�es aumentaram ontem depois que Belarus, que faz fronteira com a Ucr�nia e � aliada de Moscou, anunciou a chegada de tropas russas para um exerc�cio militar.
Uma autoridade americana destacou que esse tipo de exerc�cio pode ser o prel�dio de uma presen�a permanente da R�ssia com armas convencionais e tamb�m com armas nucleares implantadas em Belarus.
O conflito no leste da Ucr�nia entre Kiev e separatistas pr�-russos j� causou mais de 13.000 mortes.
KIEV