Procuradora-geral de NY v� ind�cios de fraude em neg�cios da fam�lia Trump

A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, disse que encontrou provas que sugerem que a fam�lia Trump valorizou de forma fraudulenta diversos ativos e deturpou esses valores para obter ganhos financeiros.

Em um extenso documento judicial publicado na noite de ter�a-feira (18), James disse que, como benefici�rio final, o ex-presidente Donald Trump "tinha a m�xima autoridade sobre uma s�rie de condutas da Organiza��o Trump, que envolviam declara��es erradas �s contrapartes, inclu�das as institui��es financeiras e o Servi�o de Impostos Internos".

No fim de dezembro e in�cio de janeiro, a procuradora-geral intimou o ex-presidente para prestar depoimento sob juramento, e tamb�m seu filho Donald Jr. e sua filha Ivanka. A fam�lia Trump, no entanto, n�o respondeu �s intima��es e recorreu a todo tipo de subterf�gio para evitar os depoimentos e a atrasar as investiga��es.

Os Trump insistem em que a investiga��o tem motiva��es pol�ticas e a classificam de "amea�a contra nossa democracia". Uma porta-voz do ex-presidente, Liz Harrington, disse nesta quarta-feira (19), no Twitter, que "as acusa��es n�o t�m fundamento e ser�o combatidas". Uma de suas advogadas, Alina Habba, refutou em uma nota enviada � AFP as "provas tang�veis" mencionadas pela procuradora.

O documento judicial do caso afirma que "at� janeiro de 2017, a Sra. Trump [Ivanka] foi o contato principal para o maior credor da Organiza��o Trump, o [banco alem�o] Deutsche Bank. Em rela��o a esta fun��o, a Sra. Trump fez com que fossem apresentadas declara��es financeiras enganosas ao Deutsche Bank e ao governo federal".

Al�m disso, "desde 2017, Donald Trump Jr. tinha autoridade sobre numerosos estados financeiros que cont�m avalia��es enganosas de ativos", acrescenta o texto.

O documento apresenta uma descri��o detalhada das supostas avalia��es fraudulentas e deturpa��es de valores �s institui��es financeiras.

Entre elas est� a cobertura do ex-presidente na Trump Tower de Manhattan, em Nova York, cujo tamanho � tr�s vezes menor do que o declarado, supervalorizando seu pre�o em 200 milh�es de d�lares.

"At� agora, em nossa investiga��o, descobrimos evid�ncias significativas que sugerem que Donald J. Trump e a Organiza��o Trump valorizaram de maneira falsa e fraudulenta diversos ativos e deturparam esses valores ante institui��es financeiras para obter ganhos financeiros", declarou James no comunicado.

"Os Trump devem cumprir com nossas cita��es legais para apresentar documentos e depoimentos porque ningu�m neste pa�s pode escolher se a lei se aplica a eles e como se aplica. N�o seremos dissuadidos em nossos esfor�os para continuar esta investiga��o e assegurar que ningu�m esteja acima da lei", destacou a procuradora-geral de Nova York.

James iniciou as investiga��es em mar�o de 2019 e suspeita que a Organiza��o Trump sobrevalorizou de maneira fraudulenta certas propriedades quando buscava empr�stimos banc�rios, e depois reduziu esses valores para pagar menos impostos.

Eric, filho de Trump e vice-presidente executivo da Organiza��o Trump, chegou a ser interrogado pela procuradoria de James sobre o caso em outubro de 2020.

A Organiza��o Trump tamb�m est� sendo investigada pela procuradoria distrital de Manhattan por poss�veis delitos financeiros e fraude na �rea de seguros.

Em julho do ano passado, a Organiza��o Trump e seu diretor de finan�as, Allen Weisselberg, se declararam inocentes em um tribunal de Nova York de 15 delitos graves de fraude e evas�o de impostos. O julgamento est� previsto para come�ar em meados deste ano.

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