Bento XVI, de 94 anos, "expressa sua como��o e vergonha pelos abusos de menores cometidos por cl�rigos, e oferece sua proximidade e ora��es a todas as v�timas", afirmou G�nswein � imprensa, especificando que o papa em�rito "ainda n�o leu o relat�rio de 1.000 p�ginas" envolvendo ele.
"Nos pr�ximos dias ele examinar� o texto com a aten��o necess�ria", assegurou o padre, citando o relat�rio preparado a pedido da igreja local pelo escrit�rio de advocacia Westpfahl-Spilker-Wastl.
De acordo com o documento, o papa em�rito n�o fez nada para impedir que v�rios padres abusassem sexualmente de menores na arquidiocese alem� que chefiou nos anos 1980.
Os advogados consideram que Bento XVI, que foi arcebispo de Munique e Freising entre 1977 e 1982, n�o agiu contra quatro cl�rigos suspeitos.
Dois desses casos envolvem cl�rigos que cometeram v�rios abusos comprovados pelos tribunais, mas foram autorizados a continuar seus deveres pastorais, segundo o relat�rio.
O papa em�rito - cujo nome civil � Josef Ratzinger - negou "estritamente" qualquer responsabilidade, uma posi��o que para os autores do relat�rio "n�o � cr�vel".
O Vaticano reiterou na quinta-feira sua "vergonha" e "remorso" pelo abuso sexual de crian�as na Igreja, em um comunicado oficial.
O porta-voz do papa, Matteo Bruni, tamb�m enfatizou que o Vaticano "n�o conhece o conte�do" do relat�rio e confirmou que a Igreja "seguir� o caminho que tomou para proteger os menores, garantindo-lhes um ambiente seguro", disse.
Pelo menos 497 pessoas sofreram abusos na arquidiocese de Munique-Freising, em um per�odo de quase 74 anos (de 1945 a 2019), segundo um resumo do documento publicado pelo Vatican News.
A maioria das v�timas era do sexo masculino e 60% tinham entre 8 e 14 anos.
Entre os 235 autores dos abusos est�o 173 sacerdotes, nove di�conos, cinco agentes de pastoral e 48 pessoas do ambiente escolar, destaca o texto.
CIDADE DO VATICANO