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Estado de Minas ANCON

Balan�o do derramamento de �leo no Peru: p�ssaros mortos e pescadores sem trabalho


22/01/2022 17:49

O derramamento de petr�leo bruto na costa central do Peru deixou um balan�o sombrio: p�ssaros mortos flutuando no mar ou cobertos de �leo nas rochas incapazes de voar, al�m de pescadores sem trabalho nas docas.

Cerca de 6.000 barris de petr�leo bruto foram lan�ados no mar no �ltimo s�bado enquanto um petroleiro descarregava na refinaria La Pampilla, localizada em Ventanilla, 30 km ao norte de Lima, pertencente � petrol�fera espanhola Repsol. A empresa atribuiu o acidente �s ondas causadas pela erup��o vulc�nica em Tonga.

"No auge, eles cortaram nossos bra�os", disse � AFP o pescador Bernardo Espinoza, lembrando que ele e seus colegas n�o puderam trabalhar no meio do ver�ol, �poca em que tradicionalmente vendem mais peixe.

"N�o podemos trabalhar, j� estamos sacando os �ltimos recursos da poupan�a, estamos fazendo o poss�vel", completou Espinoza, pescador h� 50 anos na Ba�a de Anc�n, 45 km ao norte de Lima.

Uma semana ap�s o derramamento, o governo declarou uma "emerg�ncia ambiental" por 90 dias no s�bado na "�rea marinha costeira danificada" pelo petr�leo, que est� se dirigindo para o norte.

As correntes marinhas espalharam o petr�leo ao longo da costa a mais de 40 quil�metros da refinaria, afetando 21 praias, segundo o Minist�rio da Sa�de, que recomendou que as pessoas n�o as frequentassem ap�s serem classificadas como "insalubres".

As brigadas de limpeza de �leo substitu�ram os banhistas em Anc�n e outros resorts populares peruanos. Jornalistas da AFP observaram as enormes manchas de �leo na superf�cie do mar em um passeio pela Ba�a de Anc�n.

"Eles fizeram um atentado contra a vida selvagem e a vida, [e] o trabalho, do que � o pescador", lamentou Rodney V�squez, 30, capit�o de um pequeno barco, que viveu toda a vida perto do mar e � filho de um pescador.

O pescador Alfredo Roque indica que as dificuldades para a pesca nesta zona v�o durar muito tempo, j� que muitos peixes rec�m-nascidos morreram devido ao derrame.

"Os filhotes [dos peixes adultos] j� est�o mortos, a maioria dos filhotes se alimenta na beira do mar e a beira do mar est� cheia de �leo", explica � AFP.

Al�m dos pescadores, outras pessoas que viviam de atividades ligadas �s praias ficaram sem renda: donos de restaurantes e funcion�rios, os que alugam guarda-s�is e outros ambulantes.

- "N�o se vende nada" -

No cais de Anc�n, apenas os tripulantes de embarca��es maiores que pescam em alto mar continuam trabalhando, enquanto as barracas de peixe est�o vazias, porque n�o h� mais clientes.

"N�o se vende nada [...], o peixe mais do que tudo sai com cheiro de �leo, e as pessoas n�o compram, n�o consomem porque t�m medo de se envenenarem com ele, com o derramamento de �leo" conta Giovana Rugel, 52 anos, que vende peixe na entrada do cais de Anc�n.

O vazamento foi descrito como um "desastre ecol�gico" pelo governo, mas a Repsol afirma que n�o foi respons�vel, j� que as autoridades mar�timas peruanas n�o emitiram alertas sobre um poss�vel aumento das ondas ap�s a erup��o em Tonga.

O Peru exigiu na quarta-feira que a Repsol "compensasse" os danos causados pelo derramamento. O Minist�rio do Meio Ambiente indicou que mais de 174 hectares (equivalentes a cerca de 270 campos de futebol) foram afetados na costa e 118 na superf�cie do mar.

O navio-tanque de bandeira italiana "Mare Doricum", que carregava o petr�leo, teve sua sa�da proibida pelo governo peruano, a menos que seja apresentada uma carta de fian�a de cerca de 39 milh�es de d�lares, ou at� que as investiga��es sobre o vazamento sejam conclu�das.


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