"Do ponto de vista pol�tico, n�o � doloroso, � destrutivo", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, � imprensa, advertindo que as medidas n�o ter�o o efeito desejado.
Na ter�a-feira (25), ao ser questionado por um jornalista se cogitava aplicar san��es, individualmente, a Putin, Biden respondeu: "Sim (...) posso considerar isso".
Se a R�ssia "invadir todo pa�s", ou "at� muito menos" do que isso, ter� "enormes consequ�ncias" e "mudar� o mundo", afirmou o presidente americano, sem especificar que tipo de san��o estaria sobre a mesa.
As san��es de Washington contra personalidades estrangeiras costumam implicar o congelamento de bens e a proibi��o de fazer neg�cios nos Estados Unidos.
Peskov lembrou que a legisla��o russa pro�be, em princ�pio, autoridades de alto escal�o do governo de terem ativos no exterior, motivo pelo qual tais medidas "n�o s�o, em absoluto, dolorosas" para eles.
No final de 2020, a R�ssia mobilizou dezenas de milhares de soldados para a fronteira com a Ucr�nia e multiplicou suas manobras militares. Essa movimenta��o aumentou o temor de uma invas�o desta ex-rep�blica sovi�tica.
O Kremlin nega ter essa inten��o e justifica seus movimentos com a preocupa��o com sua pr�pria seguran�a, pedindo � Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte (Otan) garantias de que a Ucr�nia n�o entrar� nessa alian�a militar.
- 'N�mero insuficiente'
Nesta quarta, o ministro ucraniano das Rela��es Exteriores, Dmytro Kuleba, afirmou que o n�mero de tropas russas estacionadas em suas fronteiras ainda � "insuficiente" para que possam lan�ar um ataque de grande envergadura contra seu pa�s.
O n�mero "� importante, representa uma amea�a para a Ucr�nia", mas, "no momento em que falamos, este n�mero � insuficiente para uma ofensiva em grande escala contra a Ucr�nia ao longo de toda fronteira", declarou Kuleba em uma entrevista coletiva online.
"Isso n�o significa que n�o poder�o aumentar ao n�vel suficiente em um certo per�odo de tempo", observou.
Segundo Kuleba, a R�ssia est� tentando "desestabilizar" a Ucr�nia, "semeando p�nico, pressionando seu sistema financeiro e amea�ando com ciberataques".
"Putin ficaria feliz, se o plano tivesse sucesso e n�o precisasse recorrer � for�a militar", completou o chanceler ucraniano.
Ap�s uma s�rie de encontros diplom�ticos na Europa na semana passada, est� prevista para esta quarta uma reuni�o dos conselheiros diplom�ticos do presidente Putin com seus hom�logos ucraniano, Volodymyr Zelensky, e franc�s, Emmanuel Macron, assim como com o chanceler alem�o, Olaf Scholz.
R�ssia, Ucr�nia, Fran�a e Alemanha comp�em o chamado Quarteto da Normandia, criado para resolver o conflito no leste da Ucr�nia.
"Espero que seja uma boa discuss�o, aberta e que termine com o m�ximo de resultados", disse Peskov.
MOSCOU