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Estado de Minas PARIS

Astr�nomos debatem o que pode ser objeto 'estranho' descoberto na Via L�ctea


28/01/2022 10:10

A descoberta de um objeto girat�rio na Via L�ctea que emite um feixe eletromagn�tico a um ritmo extraordinariamente longo abriu um novo campo de pesquisa, dizem os astr�nomos.

Um jovem estudante australiano, com a ajuda de um poderoso telesc�pio localizado no centro do pa�s, descobriu este objeto espacial, localizado segundo os cientistas a cerca de 4.000 anos-luz da Terra.

O objeto libera uma enorme quantidade de radia��o eletromagn�tica cerca de tr�s vezes a cada hora, por per�odos extraordinariamente longos, de acordo com dados publicados pela revista Nature.

"� um objeto incomum" indica sobriamente o radioastr�nomo Isma�l Cognard, do Centro Nacional Franc�s de Pesquisa Cient�fica (CNRS).

Os astr�nomos j� detectaram no passado astros que emitem ondas eletromagn�ticas em intervalos regulares. Mas emite radia��o aproximadamente a cada 18,18 minutos, em vez de um per�odo muito mais curto.

Os pulsares s�o os mais comuns. S�o estrelas de alt�ssima densidade, compostas exclusivamente por n�utrons, cujas emiss�es s�o muito intensas, breves e regulares.

Outro "tipo" de estrela, tamb�m composta de n�utrons, � o magnetar, muito mais raro. Suas emiss�es eletromagn�ticas podem durar dezenas de segundos.

A equipe de pesquisa australiana est� agora trabalhando para entender o que foi descoberto.

"Tecnicamente � muito dif�cil e muito caro, em termos de c�lculos", explica � AFP Fabian Sch�ssler, astrof�sico da Comiss�o Europeia de Energia At�mica.

Os radiotelesc�pios produzem montanhas de dados que, por sua vez, requerem m�quinas capazes de produzir algoritmos e c�lculos elevados para alcan�ar um resultado.

"� um bom exemplo de descoberta que se consegue ao investigar em um espa�o de par�metros inexplorados", diz Fabian Sch�ssler. Ou seja, ao olhar para onde normalmente n�o se olha, ou com os meios adequados.

- Caixa aberta -

A exist�ncia desse objeto j� havia sido teorizada, explica a astrof�sica australiana Natasha Hurley-Walker, que lidera a equipe de pesquisa.

�, segundo ela, um magnetar de per�odo ultralongo. Uma esp�cie de estrela de n�utrons, que gira extremamente lentamente sobre si mesma, emitindo um campo eletromagn�tico extremamente forte.

"Sabemos que a rota��o de uma estrela de n�utrons diminui ao longo de sua exist�ncia", indica Fabian Sch�ssler, portanto a hip�tese � "plaus�vel".

Mas esse giro cada vez mais lento, como o de um pi�o que est� perdendo for�a, apresenta outro problema.

O objeto detectado "n�o deveria ter energia suficiente para produzir esse tipo de onda radiomagn�tica a cada 18 minutos", diz Natasha Hurley-Walker, da Curtin University.

Um objeto de rota��o mais lenta "deveria emitir uma emiss�o muito mais fraca, a ponto de ser quase indetect�vel", segundo o astrof�sico Fabian Sch�ssler.

O sinal foi detectado durante um per�odo de tr�s meses, no in�cio de 2018. O objeto n�o desapareceu, embora seu sinal n�o seja mais detectado.

Isma�l Cognard, do CNRS, baseia-se em uma teoria para explicar o poder da emiss�o registrada: "Alguns magnetares t�m per�odos de emiss�o muito brilhantes. Estamos come�ando a conjecturar que poderia haver rachaduras na crosta do magnetar, o que influenciaria seu campo magn�tico, aumentando a pot�ncia de sua emiss�o", disse.

O objeto misterioso ainda existe, insiste o astr�nomo franc�s. Agora � preciso procurar outros exemplos para comparar os dados.


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