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Estado de Minas WASHINGTON

Descoberta nova variante mais virulenta e transmiss�vel do HIV


03/02/2022 22:30

Cientistas identificaram uma variante do v�rus da imunodefici�ncia humana adquirida (HIV) altamente contagiosa, que come�ou a circular na Holanda na d�cada de 1990. Trata-se de uma descoberta cient�fica rara que, no entanto, n�o deve causar p�nico, esclarecem.

A variante responde aos tratamentos existentes e vem declinando desde 2010. "N�o h� raz�o para alarme", assegurou � AFP Chris Wymant, pesquisador de epidemiologia da Universidade de Oxford e principal autor do estudo, publicado nesta quinta-feira (3) na revista Science.

No entanto, a descoberta pode ajudar a entender melhor como o HIV, causador da aids, ataca as c�lulas.

A pesquisa tamb�m prova que um v�rus pode evoluir at� se tornar mais virulento, uma hip�tese cient�fica amplamente estudada na teoria, mas com poucos exemplos at� agora.

No total, os cientistas encontraram 109 pessoas infectadas com esta variante, apenas quatro delas fora da Holanda - na B�lgica e na Su��a. A maioria era de homens que fazem sexo com outros homens e com idades similares �s das pessoas infectadas com o v�rus em geral.

A variante se desenvolveu no final da d�cada de 1980 e e em 1990, e transmitiu-se mais rapidamente na de 2000. Provavelmente gra�as aos esfor�os da Holanda na luta contra a doen�a, est� em decl�nio desde 2021.

Foi batizada de "variante VB" para "variante virulenta do subtipo B", o mais comum na Europa.

- 500 muta��es -

O v�rus HIV muda constantemente e a variante descoberta tem mais de 500 muta��es. "Encontrar uma nova variante � normal, mas encontrar uma nova variante com propriedades incomuns, n�o. Especialmente com uma virul�ncia maior", explica Wymant.

A primeira pessoa identificada no estudo com esta variante foi diagnosticada em 1992 (com uma vers�o incompleta) e a �ltima em 2014. Uma vez tratados, os pacientes n�o t�m mais riscos de complica��es do que os demais.

Ent�o, o que significa o aumento da virul�ncia?

A progress�o desta doen�a geralmente � medida pela quantidade de c�lulas T CD4 no sangue, que fazem parte do sistema imunol�gico e s�o o alvo do v�rus. As pessoas infectadas com a variante tinham uma contagem de CD4 menor do que as demais no momento do diagn�stico, com uma diminui��o duas vezes mais r�pida, segundo estimativas.

Os pesquisadores calcularam que, sem tratamento, o limite perigoso de 350 c�lulas T-CD4 por microlitro de sangue seria alcan�ado em 9 meses nos pacientes com esta variante em compara��o com tr�s anos em outros pacientes.

Al�m disso, a carga viral (quantidade de v�rus no sangue) dos infectados com esta variante tamb�m foi significativamente maior e, al�m de sua virul�ncia, os cientistas tamb�m demonstraram que � altamente transmiss�vel.

- Import�ncia das proje��es -

"Nossos resultados ressaltam a import�ncia (...) do acesso regular a exames para pessoas em risco de contrair o HIV, para permitir um diagn�stico precoce e iniciar o tratamento imediatamente depois", destacou em um comunicado o epidemiologista Christophe Fraser, coautor do estudo.

Fraser est� por tr�s do projeto Beehive, que re�ne dados de pacientes em oito pa�ses e foi criado em 2014 para analisar em que medida as muta��es do v�rus poderiam ter um impacto na doen�a quando esta se desenvolve.

Os pesquisadores n�o puderam explicar quais muta��es espec�ficas da variante VB causaram sua alta virul�ncia ou atrav�s de que mecanismo.

"Isto � uma advert�ncia, nunca devemos ser presun�osos demais e assumir que um v�rus vai evoluir at� se tornar mais benigno", destacou Wymant.

A conclus�o ganha interesse no contexto de se aprender mais sobre os v�rus em plena pandemia de covid-19.


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