Putin disse que a suspeita de um ataque contra a Ucr�nia era uma "especula��o provocativa" e seu assessor diplom�tico, Yury Ushakov, denunciou um "auge" da "histeria" americana.
Ushakov informou, no entanto, que durante um telefonema de cerca de uma hora, os dois presidentes "concordaram em manter os contatos em todos os n�veis" para desativar a crise.
A Casa Branca, por sua vez, informou que nesta conversa, Biden "deixou claro que se a R�ssia empreender uma invas�o, os Estados Unidos, juntamente com seus parceiros, responder�o decisivamente e impor�o custos r�pidos e severos � R�ssia".
Ele "reiterou" que atacar a Ucr�nia "provocaria um sofrimento humano generalizado e diminuiria a posi��o da R�ssia".
Putin conversou anteriormente com o presidente franc�s, Emmanuel Macron, que lhe advertiu que "um di�logo sincero n�o � compat�vel com uma escalada militar" na Ucr�nia, informou a Presid�ncia francesa.
Segundo o Kremlin, Putin criticou nesta conversa as "entregas em larga escala de armamento moderno" � Ucr�nia e assegurou que estas criam "condi��es para poss�veis a��es agressivas das for�as ucranianas" no leste do pa�s, onde fica uma regi�o controlada por separatistas pr�-russos h� oito anos.
A possibilidade de uma guerra levou v�rios pa�ses ocidentais a recomendarem a seus cidad�os que deixassem a Ucr�nia.
O Canad� anunciou neste s�bado a transfer�ncia da sua embaixada de Kiev para Lviv, perto da fronteira com a Pol�nia.
A pr�pria R�ssia admitiu que est� reduzindo seu pessoal diplom�tico em Kiev, argumentando que se deve �s provoca��es "ucranianas" e dos pa�ses ocidentais.
- Manter a calma -
Na sexta-feira, o conselheiro de seguran�a nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que a ofensiva � uma "possibilidade muito, muito real".
As autoridades americanas n�o descartam que a R�ssia tome essa decis�o mesmo durante os Jogos Ol�mpicos de Inverno de Pequim, que terminam em 20 de fevereiro.
O presidente da Ucr�nia, Volodymyr Zelensky, disse no s�bado que os coment�rios dos EUA eram muito alarmistas, embora reconhecesse o risco de uma invas�o.
"Todas essas informa��es est�o causando p�nico e n�o est�o nos ajudando", disse o l�der ucraniano.
Milhares de manifestantes protestaram em Kiev, dizendo que se recusavam a entrar em p�nico.
"O p�nico � in�til. Devemos nos unir e lutar por nossa independ�ncia", disse a estudante Maria Shcherbenko, que levava um cartaz que dizia "Permane�o tranquila. Amo a Ucr�nia".
A crise surgiu depois da mobiliza��o de mais de 100.000 militares russos para a fronteira com a Ucr�nia h� v�rias semanas.
Moscou tem negado reiteradamente que queira atacar a antiga rep�blica sovi�tica, mas exige certas garantias na quest�o da seguran�a, entre elas que a Otan n�o admita entre seus membros a Ucr�nia, um ponto inegoci�vel para o Ocidente.
- Sair do pa�s -
A lista de pa�ses que pedem a sa�da de seus cidad�os da Ucr�nia continua crescendo, incluindo Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Holanda, Canad�, Noruega, Austr�lia, Jap�o e Israel.
A companhia a�rea holandesa KLM suspendeu seus voos para a Ucr�nia no s�bado "at� novo aviso".
Neste s�bado, a R�ssia come�ou novas manobras navais no mar Negro para "defender a costa mar�tima da pen�nsula da Crimeia", anexada em 2014, de potenciais amea�as.
O Minist�rio russo da Defesa destacou que sua Marinha tinha expulsado um submarino americano de suas �guas no oceano Pac�fico.
Nos �ltimos dias, a R�ssia tamb�m est� fazendo manobras em Belarus, nas fronteiras da Uni�o Europeia e da Ucr�nia. Para os pa�ses ocidentais, todos esses exerc�cios s�o particularmente preocupantes porque cercam o territ�rio da Ucr�nia militarmente.
WASHINGTON