"Ap�s um longo per�odo de incerteza sobre seu paradeiro e sobre sua seguran�a, as quatro ativistas afeg�s 'desaparecidas' e pessoas pr�ximas que tamb�m estavam desaparecidas foram liberadas pelas autoridades de facto", informou a Miss�o de Assist�ncia da ONU no Afeganist�o (UNAMA, na sigla em ingl�s), em sua conta no Twitter.
Tamana Zaryabi Paryani, Parwana Ibrahimjel, Zahra Mohamadi e Mursal Ayar sumiram poucos dias depois de participarem de um protesto antitalib�s. Os radicais isl�micos que governam o pa�s negam t�-las detido.
A liberta��o de Ibrahimjel foi anunciada na sexta-feira por seu entorno. Ela foi detida junto com Paryani em 19 de janeiro, ap�s participarem de uma manifesta��o em em Cabul pelo direito das mulheres de trabalharem e estudarem. Alguns dias depois, as outras duas ativistas tamb�m foram presas.
Em todas as ocasi�es, parentes de ativistas feministas foram presos.
Em um v�deo postado nas redes sociais pouco antes de ser presa, Paryani se filmou pedindo ajuda no meio da noite: "Por favor, me ajudem! Os talib�s vieram na minha casa (...) Minhas irm�s est�o aqui", implorou, em p�nico.
Ela ent�o implorou pela porta para n�o entrarem na casa. "Se quiserem discutir, podemos fazer isso amanh�. Eu n�o posso ver voc�s no meio da noite quando as meninas est�o (em casa). Eu n�o quero (abrir)... Por favor! Me ajudem!"
Os talib�s negam qualquer envolvimento no desaparecimento desses ativistas e at� afirmaram ter aberto uma investiga��o sobre o caso.
No entanto, o porta-voz do governo, Zabihul� Mujahid, havia especificado que as autoridades t�m "o direito de deter e prender os opositores e aqueles que violam a lei".
Os fundamentalistas isl�micos afirmam que se modernizaram em rela��o ao regime anterior (1996-2001), durante o qual pisotearam quase completamente os direitos humanos.
Mas, ap�s seu retorno ao poder em agosto, eles suprimiram todas as formas de oposi��o. E, sobretudo, dispersaram manifesta��es a favor dos direitos das mulheres, detiveram algumas vozes cr�ticas ao seu regime, espancaram ou prenderam v�rios jornalistas.
CABUL