Infla��o p�e em jogo credibilidade do Fed, diz um de seus membros

O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, precisa acelerar o ritmo de crescimento das taxas de juros para combater a infla��o, mas pode faz�-lo sem perturbar os mercados, disse nesta segunda-feira (14) o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard.

"Nossa credibilidade est� em jogo", ressaltou Bullard � emissora CNBC ap�s o maior salto registrado no �ndice de pre�os ao consumidor em doze meses em janeiro, de 7,5%, o maior em quatro d�cadas.

Para Bullard, o Fed deve "seguir forte" e elevar a taxa de refer�ncia para 1% at� julho.

O funcion�rio, que tem voto no comit� de pol�tica monet�ria do Fed, j� tinha provocado fortes rea��es nos mercados na semana passada ap�s fazer coment�rios sobre a necessidade de retirar os est�mulos � economia criados durante a pandemia.

Bullard disse que os dados resultam de quatro meses de relat�rios preocupantes em que h� ind�cios de que a infla��o est� "aumentando e possivelmente acelerando na economia dos Estados Unidos".

Contudo, o Fed de Nova York revelou nesta segunda-feira (14) uma pesquisa mostrando que as expectativas de parte dos consumidores sobre a infla��o em um ano ca�ram pela primeira vez desde outubro de 2020.

Os dados da pesquisa mostraram uma expectativa m�dia da infla��o de 5,8% em janeiro, contra 6,0% de dezembro.

Apesar dessa ligeira redu��o, o �ndice ainda est� muito acima da meta de 2% do Fed e muito mais alto do que se esperava conseguir na medida em que os problemas na cadeia de suprimentos ligados � pandemia v�o sendo resolvidos.

Bullard disse que tentaria convencer seus colegas no Fed sobre a necessidade de aumentar rapidamente os juros, mas difere do presidente da entidade, Jerome Powell.

"Creio que necessitamos mais for�a, para al�m de nossos planos de retirar os incentivos que t�nhamos anteriormente", afirmou. "Contudo, acredito que isso possa ser feito de um modo organizado e que n�o seja disruptivo para os mercados", acrescentou.

A pr�xima reuni�o do Fed est� prevista para os dias 15 e 16 de mar�o e alguns economistas acreditam que o banco central poderia ser mais agressivo, estabelecendo um aumento de meio ponto para mostrar sua determina��o para conter o crescimento dos pre�os.