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Estado de Minas TR�POLI

L�bia recorda 11� anivers�rio da revolta contra Kadhafi em momento de novas divis�es


17/02/2022 08:43

Os l�bios recordam, nesta quinta-feira (17), o 11� anivers�rio do in�cio da revolu��o que derrubou o ditador Muamar Kadhafi, em meio a novos obst�culos no processo de transi��o pol�tica, o que provoca o temor de retomada da viol�ncia.

Minado pelas divis�es entre institui��es rivais no leste e no oeste, o pa�s est� desde 10 de fevereiro com dois primeiros-ministros que disputam o cargo em Tr�poli, ap�s o fracasso na tentativa de se organizar as elei��es cruciais de dezembro.

Com sede na regi�o leste, o Parlamento nomeou o influente ex-ministro do Interior Fathi Bashagha para substituir Abdelhamid Dbeibah � frente do governo interino. Este �ltimo afirma, no entanto, que ceder� o poder somente para algu�m eleito pelas urnas.

O confronto gera o temor de uma retomada do conflito armado.

Ainda assim, por ocasi�o do anivers�rio da revolta que fez parte da chamada "Primavera �rabe", as principais avenidas de Tr�poli foram decoradas em vermelho, preto e verde, as cores da bandeira adotada ap�s a queda de Kadhafi.

Concertos, apresenta��es de cantos revolucion�rios e shows de fogos de artif�cio tamb�m foram programados para sexta-feira, diante da previs�o da meteorologia de mau tempo nesta quinta.

- Transi��o intermin�vel -

A queda de Kadhafi provocou uma transi��o pol�tica intermin�vel, dizimada pelas rivalidades, pelas interfer�ncias do exterior e por inseguran�a cr�nica que afeta seus sete milh�es de habitantes, empobrecidos apesar das reservas abundantes de petr�leo do pa�s.

"A situa��o piorou", afirma Ihad Doghman, de 26 anos.

Como acontece com v�rios de seus compatriotas, ele tem dois empregos: funcion�rio p�blico durante o dia, e gerente de uma mercearia, � noite.

"� a �nica maneira de seguir adiante", completa o jovem morador de Tr�poli.

Na pol�tica, a L�bia teve nove governos desde a revolta, passou por duas guerras civis e, at� hoje, n�o conseguiu organizar uma elei��o presidencial.

Uma esperan�a de pacifica��o surgiu no fim de 2020, com o fracasso da tentativa do marechal Khalifa Haftar, homem forte do leste, de conquistar Tr�poli, assim como da assinatura de se adotar um cessar-fogo seguido pelo in�cio de um processo de paz mediado pela ONU.

Neste cen�rio, Dbeibah foi nomeado para o mandato de um ano como primeiro-ministro interino de um governo de transi��o, com a miss�o de unificar as institui��es e de liderar o pa�s at� as elei��es legislativas e presidenciais de dezembro de 2021.

As divis�es persistentes provocaram, contudo, o adiamento destas elei��es por tempo indeterminado. Nelas, a comunidade internacional depositava grandes esperan�as de se estabilizar este pa�s, por onde passa uma parte importante da imigra��o clandestina rumo � Europa.

Apesar do fracasso, "h� um amplo leque de quest�es, nas quais a L�bia avan�a", analisa Khalel Harchaoui, pesquisador especializado neste pa�s do norte da �frica.

"A L�bia n�o registra nenhum grande confronto b�lico desde junho de 2020. Entre as elites, inimigos mortais de dois anos atr�s conversam entre si, inclusive com alian�as em alguns casos. Isto representa o in�cio de uma reconcilia��o", afirma.

Neste caso, n�o se trata tanto de um confronto Leste-Oeste, j� que os dois primeiros-ministros rivais procedem do oeste.

Nomeado pelo Parlamento e com apoio do marechal Haftar, Bashagha tem at� 24 de fevereiro para formar o governo e apresent�-lo aos deputados. Resta saber se Dbeibah aceitar� ceder o poder.


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