"Segundo os modelos, entre as praias e o mar n�o deve haver mais que 2% do petr�leo bruto derramado no meio ambiente", disse Jaime Fern�ndez-Cuesta, presidente da Repsol Peru, durante uma coletiva de imprensa na pr�pria refinaria.
O governo peruano estima que 11.900 barris foram derramados, mas a empresa diz que foram 10.400.
A Repsol explicou que a quantidade de hidrocarbonetos a ser coletada � reduzida em 35% da descarga quando misturada com �gua e areia, e por processos f�sicos como a evapora��o.
Com base nisso, e embora a Repsol n�o tenha especificado o volume a recolher, os 2% restantes traduzem-se em cerca de 135 barris, segundo seu c�lculo do vazamento.
Este volume difere muito do que foi indicado esta semana pelo ministro do Meio Ambiente, Modesto Montoya, que disse que apenas 2.000 barris haviam sido recolhidos.
Fern�ndez-Cuesta tamb�m apontou que "de acordo com os modelos preditivos, o fundo do mar n�o deve ser afetado".
A Repsol atribuiu o vazamento �s fortes ondas causadas por uma explos�o vulc�nica submarina em Tonga horas antes, e apresentou uma queixa � empresa italiana Fratelli d'Amico Armadori, propriet�ria do Mare Doricum.
Fern�ndez-Cuesta afirmou que o acidente foi causado pelo "movimento descontrolado da embarca��o, que na �poca pesava mais de 110.000 toneladas" e que rompeu os sistemas da refinaria para conter os petroleiros. A Repsol assegura que o navio se deslocou "mais de 50 metros" durante a descarga do �leo.
A empresa tamb�m explicou que completou 79% de seu "plano de primeira resposta". Este programa contempla a conten��o, recupera��o e limpeza das �reas afetadas para sua entrega segundo as normas ambientais do Peru, assim como a avalia��o durante seis meses do impacto socioambiental do derramamento.
A Repsol estima que entre fevereiro e mar�o esteja conclu�da a limpeza das costas.
Pescadores e comerciantes da regi�o est�o protestando porque o vazamento fez com que a pesca e o turismo desaparecessem.
O Minist�rio do Meio Ambiente calcula que pelo menos 1.400 hectares de mar e terra foram afetados, al�m de cerca de 500 hectares de reservas protegidas de fauna marinha.
O Minist�rio da Produ��o estima que cerca de 2.500 pescadores artesanais n�o possam trabalhar devido � contamina��o.
EL CALLAO