Belarus deve agora lutar por "sua independ�ncia" e contra a "ditadura", afirmou � AFP Tikhanovskaya, considerada pelo Ocidente a real vencedora das presidenciais de 2020 contra o chefe de Estado, Alexander Lukashenko.
A opositora expressou seu espanto com a ideia de que o referendo organizado no domingo em Belarus possa permitir a Lukashenko armazenar armas nucleares russas na ex-rep�blica sovi�tica, que faz fronteira com v�rios pa�ses da Uni�o Europeia (UE).
O presidente bielorrusso, que reprimiu com m�o de ferro um movimento popular contra sua reelei��o em 2020, � "grato" ao Kremlin, que o apoiou na �poca, diz a opositora.
"N�o queremos ser o ap�ndice de outro pa�s", acrescentou durante uma visita a Paris. "Vemos a amea�a de uma lenta ocupa��o do nosso pa�s", acrescentou.
"O Kremlin apoiou Lukashenko, que agora quer mostrar sua lealdade (...) Ele est� cedendo terras para manobras militares", acrescenta Tikhanovskaya, que estima a presen�a militar russa em seu pa�s em cerca de 30 mil homens.
No entanto, em sua opini�o, isso n�o beneficia Belarus.
"As pessoas n�o querem essas tropas em nosso solo, n�o querem que o pa�s se torne um agressor de nossos irm�os ucranianos", diz ela.
As manobras deveriam terminar em 20 de fevereiro, mas Belarus anunciou que continuariam indefinidamente.
A capital ucraniana, Kiev, fica a apenas 150 quil�metros da fronteira bielorrussa.
A opositora pediu aos Estados Unidos e � Europa que denunciem o referendo constitucional de 27 de fevereiro.
"Isso nos mostra aonde Lukashenko quer ir. Ele pode usar nosso territ�rio para [armazenar] armas nucleares, o que representaria uma amea�a gigantesca para a Europa", disse ela.
PARIS