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Estado de Minas MOSCOU

Putin anuncia opera��o militar russa na Ucr�nia


24/02/2022 00:50

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma "opera��o militar" na Ucr�nia nesta quinta-feira (24) e pediu aos soldados daquele pa�s que deponham suas armas, desafiando os apelos globais para evitar a guerra.

"Tomei a decis�o por uma opera��o militar", declarou Putin em uma mensagem televisionada inesperada pouco antes das 03:00 GMT (meia-noite de Bras�lia), denunciando um suposto "genoc�dio" orquestrado pela Ucr�nia no leste do pa�s.

Em seu discurso, Putin prometeu retalia��o contra quem interferir na opera��o russa na Ucr�nia, e pediu aos soldados do pa�s vizinho que deponham as armas.

Em resposta, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu que "o mundo responsabilizar� a R�ssia" pelo ataque � Ucr�nia, que ele descreveu como "injustificado".

A mensagem de Putin veio horas depois que o Kremlin afirmou ter recebido um pedido de ajuda de separatistas pr�-R�ssia para "contra-atacar" o ex�rcito ucraniano.

Ao longo do dia, a Ucr�nia mobilizou seus reservistas de 18 a 60 anos, aprovou um estado de emerg�ncia e anunciou que havia sido v�tima de um novo ataque cibern�tico em massa.

"Quase 200 mil soldados russos" est�o posicionados na fronteira com a Ucr�nia, disse o presidente ucraniano Volodimir Zelensky nesta quarta em um discurso � na��o, acrescentando que ele solicitou sem sucesso uma reuni�o com seu par russo.

Zelensky alertou que a situa��o pode levar a "uma grande guerra na Europa".

O presidente russo, Vladimir Putin, est� "t�o pronto quanto poss�vel" para uma invas�o em grande escala da Ucr�nia, com "quase 100% do conjunto de for�as que calculamos que ele poderia mobilizar" para invadir o pa�s, disse um alto funcion�rio da Defesa dos Estados Unidos sob condi��o de anonimato.

"Presidente Putin, evite que suas tropas ataquem a Ucr�nia. D� uma chance � paz, muitas pessoas j� morreram", implorou o secret�rio-geral da ONU, Antonio Guterres, em uma sess�o de emerg�ncia do Conselho de Seguran�a da ONU.

- Estado de emerg�ncia -

Na quarta-feira, o Parlamento ucraniano aprovou por ampla maioria o estado de emerg�ncia proposto por Zelensky e pelo secret�rio de Seguran�a e Defesa, Oleksii Danilov.

"A Ucr�nia precisa de garantias de seguran�a claras e concretas, imediatamente", tanto dos pa�ses ocidentais quanto da R�ssia, afirmou Zelensky em coletiva de imprensa.

"Estamos unidos na convic��o de que o futuro da seguran�a europeia est� sendo decidido neste momento em nossa casa, na Ucr�nia", acrescentou.

Horas depois, a R�ssia alegou que os l�deres das regi�es separatistas do leste da Ucr�nia pediram "ajuda" para "combater a agress�o" dos militares ucranianos.

A ag�ncia estatal russa Tass publicou as cartas a esse respeito na ter�a-feira, 22 de fevereiro, dia em que os parlamentares russos autorizaram Putin a enviar tropas para a Ucr�nia se necess�rio.

A R�ssia come�ou a evacuar seu pessoal diplom�tico da Ucr�nia, indicou a embaixada � AFP nesta quarta-feira. Por sua vez, os Estados Unidos j� haviam decidido na semana passada transferir sua embaixada de Kiev para Lviv, no oeste do pa�s. E em um comunicado nesta quarta, a Fran�a exortou seus cidad�os a deixar o pa�s "sem demora".

Pouco antes, o l�der russo havia insistido que os interesses russos "n�o s�o negoci�veis", mas mencionou a possibilidade de um "di�logo direto e honesto com o Ocidente".

Na segunda-feira, chegou a questionar a pr�pria legitimidade da exist�ncia da Ucr�nia, acusando-a de ser um instrumento nas m�os da pol�tica de agress�o anti-R�ssia da Otan.

- San��es -

A n�vel internacional, a Uni�o Europeia anunciou nesta quarta-feira, por seu papel no reconhecimento das regi�es separatistas da Ucr�nia, san��es contra o ministro da Defesa e os chefes militares russos, o chefe de gabinete do Kremlin, o ministro do Desenvolvimento Econ�mico e a porta-voz do Minist�rio das Rela��es Exteriores.

As san��es publicadas no Di�rio Oficial da UE consistem no congelamento de bens e na proibi��o de vistos contra os afetados.

Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quarta san��es contra a empresa encarregada de operar o gasoduto Nord Stream II, que liga a R�ssia � Alemanha.

A medida foi anunciada depois que a Alemanha anunciou na ter�a-feira que suspenderia esse controverso gasoduto.

No dia anterior, os EUA j� haviam tornado p�blicas as medidas contra os bancos e oligarcas russos, denunciando o "in�cio de uma invas�o russa" na Ucr�nia.

A R�ssia prometeu uma resposta "forte" e "dolorosa" �s san��es americanas.

As medidas permanecem modestas em compara��o com as anunciadas no caso de uma invas�o, e Moscou tem quase 640 bilh�es de d�lares em reservas cambiais e 183 bilh�es de d�lares em um fundo soberano para lidar com elas.

Putin mant�m suspense sobre suas inten��es militares. Ap�s reconhecer, na segunda-feira, a independ�ncia das "rep�blicas" separatistas de Donetsk e Lugansk, a c�mara alta russa deu sinal verde � mobiliza��o das for�as russas na Ucr�nia.

- Onda de refugiados -

Essas decis�es estabelecem as bases para uma interven��o em larga escala, mas at� agora n�o h� informa��es sobre movimentos significativos de tropas.

Kiev vem h� oito anos lutando contra os separatistas no leste do pa�s, um conflito que j� deixou mais de 14 mil mortos.

Muitos temem que a crise possa culminar no pior conflito na Europa desde 1945, quando terminou a Segunda Guerra Mundial.

Uma ofensiva russa pode desencadear uma "nova crise de refugiados" com at� 5 milh�es de pessoas deslocadas, alertou nesta quarta a embaixadora americana na ONU em Nova York.

No front, a retomada dos combates entre o ex�rcito e os separatistas nos �ltimos dias continua nesta quarta-feira.

Um soldado ucraniano morreu em um bombardeio e outro ficou ferido, segundo o ex�rcito.

Por sua vez, os separatistas de Lugansk relataram nesta quarta a morte de um combatente. Um civil tamb�m foi morto em um bombardeio durante a noite, segundo a mesma fonte.


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