Wall Street abriu com fortes perdas na sequ�ncia da crise russo-ucraniana e o principal �ndice, Dow Jones, caiu 2,46%, o �ndice ampliado S&P; 500 perdeu 2,54% e o Nasdaq, de a��es de tecnologia, caiu 3,45%.
As bolsas europeias abriram com fortes quedas que chegaram a 5% em Frankfurt, mas foram se tornando relativamente moderadas mais tarde.
O Frankfurt DAX caiu 3,96% e o FTSE de Londres 3,82%, enquanto o CAC 40 em Paris perdeu 3,83%.
O FTSE MIB de Mil�o caiu 4,10% e o IBEX 35 de Madrid 2,86%.
A moeda russa, o rublo, atingiu seu m�nimo hist�rico em rela��o ao d�lar (at� 9%), antes da interven��o do Banco Central russo.
Na �sia, Hong Kong perdeu 3,21%. T�quio fechou em queda de 1,81%, e Xangai, de 1,70%.
O pre�o do barril de petr�leo do tipo Brent do Mar do Norte para entrega em abril - refer�ncia na Europa - operava em alta de 7,69%, negociado a 104,29 d�lares.
Em Nova York, o West Texas Intermediate (WTI) para entrega em abril registrava alta de 7,52%, a US$ 99.
Na madrugada desta quinta, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o in�cio de uma "opera��o militar" na Ucr�nia. Kiev diz se tratar de uma "invas�o de grande alcance".
"Neste momento, � imposs�vel apostar em qualquer cen�rio", diz Ipek Ozkardeskaya, analista da empresa de investimentos SwissQuote, para quem este "� o p�nico nos mercados".
"Podemos apenas acompanhar de perto os �ltimos acontecimentos e estar preparados para mais volatilidade", acrescentou.
- Ativos seguros se valorizam
Nas �ltimas semanas, a amea�a de uma guerra despertou temores sobre o abastecimento de produtos b�sicos chave, como trigo e metais, em meio a uma demanda crescente na reabertura das economias, ap�s os fechamentos provocados pela pandemia da covid-19.
Nesta quinta-feira, o pre�o dos cereais bateu um recorde para as opera��es na Europa e o trigo alcan�ou o valor recorde de 344 euros por tonelada na plataforma Euronext, informaram analistas e operadores.
As cota��es do trigo e do milho - dos quais a Ucr�nia � o quarto maior produtor mundial - subiram de forma expressiva na abertura, poucas horas do in�cio da invas�o.
Outros ativos considerados ref�gios seguros, como o ouro - que subia 43%, a 1.954,47 d�lars a on�a -, o d�lar e o iene japon�s, tamb�m se valorizaram.
"As tens�es russo-ucranianas provocam um poss�vel choque de demanda (na Europa) e um choque maior no abastecimento para o restante do mundo, em vista da import�ncia da R�ssia e da Ucr�nia para (o setor de) a energia", declarou Tamas Strickland, do National Australia Bank.
Para um analista da Swissquote, "o aumento dos pre�os da energia � uma grande dor de cabe�a para a Europa, porque 40% de seu g�s natural e 30% de seu petr�leo procedem da R�ssia".
Em rela��o ao g�s natural, o mercado de refer�ncia na Europa, aumentava 50% a mais do que na v�spera.
A crise ocorre em um momento em que governos ao redor do mundo lutam para conter a infla��o, alimentada por uma demanda crescente causada pela reabertura econ�mica mundial ap�s os fechamentos provocados pela pandemia.
Grande parte das aten��es est� concentrada do Federal Reserve (Fed, Banco Central americano), cujas autoridades se preparam para elevar as taxas de juros em mar�o para conter o aumento dos pre�os.
Analistas de mercado apostam em seis aumentos para este ano.
PARIS