(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas BAT YAM

Israel procura equil�brio delicado na crise da Ucr�nia


25/02/2022 09:37

Com os Estados Unidos como aliado hist�rico, for�as russas com base na vizinha S�ria e quase um milh�o de cidad�os procedentes da ex-Uni�o Sovi�tica, Israel tenta encontrar um dif�cil equil�brio ap�s a invas�o da Ucr�nia.

Em Bat Yam, cidade na periferia de Tel Aviv onde se estabeleceram milhares de judeus russos e ucranianos nos �ltimos anos, os bombardeios do Ex�rcito de Vladimir Putin contra a Ucr�nia provocaram uma forte como��o.

Natalia Kogan, de 57 anos, funcion�ria em um supermercado onde s�o vendidas cervejas produzidas na Ucr�nia e na R�ssia - com pais que vivem na Ucr�nia -, afirma que ficou "estupefata" com o an�ncio dos ataques.

"Falei para minha m�e e meu pai que n�o se estressem. Acho que n�o vai durar mais que um dia ou dois, que (a guerra) s� vai acontecer entre os militares", conta Natalia, que diz sentir que est� mais segura em Israel, um pa�s que, no entanto, travou no ano passado uma guerra com o movimento islamita Hamas em Gaza.

Max, de 33 anos, natural da R�ssia e que imigrou aos oito anos para Israel, afirma "entender" que, aos olhos do presidente Putin, a poss�vel ades�o da Ucr�nia � Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte (Otan) represente uma "amea�a para a R�ssia".

"Mas isto n�o justifica uma invas�o (...) e o que � mais frustrante � que as pessoas normais sofrem", lamenta, acrescentando que ele n�o percebe tens�es entre ucranianos e russos em Israel.

O que o Estado hebreu deveria fazer diante da situa��o?

"Israel tem apenas que retirar (os judeus) e fornecer ajuda m�dica. N�o deve ajudar a R�ssia, e sim ajudar os cidad�os ucranianos e, talvez, tamb�m conversar com Putin, se ele n�o se tranquilizar", continua o jovem pai de fam�lia.

Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro israelense Naftali Bennett ofereceu "toda a ajuda humanit�ria necess�ria" � Ucr�nia durante uma conversa telef�nica com o presidente Volodymyr Zelensky.

- "La�os antigos" -

Na quinta-feira (24), o chefe da diplomacia israelense, Yair Lapid, condenou a invas�o russa, avaliando que constitui uma "grave viola��o da ordem mundial". Destacou, no entanto, os "la�os antigos, profundos e pr�ximos" que unem o Estado hebreu � R�ssia e � Ucr�nia, principais focos da "Ali�", a imigra��o judaica para Israel.

Nos �ltimos dias, Israel pediu a seus cidad�os que deixassem o pa�s. Ontem, ap�s os primeiros ataques russos, os voos para Tel Aviv foram cancelados, o que for�ou milhares de israelenses atualmente na Ucr�nia - que � um importante local de peregrina��o judaica ortodoxa - a viajarem para pa�ses europeus vizinhos e depois voarem para Israel.

"Estamos dispostos a receber milhares de imigrantes judeus da Ucr�nia", declarou a ministra da Imigra��o, Pnina Tamano-Shata, cujo governo n�o anunciou san��es contra a R�ssia, ao contr�rio dos Estados Unidos, principal aliado do Estado hebreu.

"Embora Israel tenha que condenar a viola��o da soberania ucraniana (por parte da R�ssia), n�o podemos ignorar que o Ex�rcito russo est� na nossa fronteira norte (na S�ria). � uma quest�o de seguran�a nacional", explica � AFP Michael Oren, historiador e ex-embaixador de Israel nos Estados Unidos.

Desde 2015, a R�ssia tem presen�a militar na S�ria, pa�s vizinho de Israel, para apoiar as for�as do presidente Bashar al-Assad.

- "Equil�brio delicado" -

A interven��o, com bombardeios violentos e destrui��o em larga escala, mudou o curso da guerra na S�ria. Permitiu ao governo de Damasco obter vit�rias decisivas e recuperar territ�rios que havia perdido para rebeldes e jihadistas.

E n�o � poss�vel esquecer a importante comunidade judaica na R�ssia, acrescenta Oren.

"N�o podemos voltar a uma situa��o em que Israel seria privado de contato com eles", considera.

As rela��es de Israel com a ex-Uni�o Sovi�tica eram "muito ruins", mas "melhoraram" com a R�ssia de Putin, enfatiza Itamar Rabinovich, ex-diplomata israelense que acompanha de perto a pol�tica de seu pa�s em rela��o � S�ria, onde operam grupos pr�-Ir�, inimigo n�mero um do Estado Hebreu.

Nos �ltimos anos, o Ex�rcito israelense multiplicou os ataques a�reos contra os grupos sem que a R�ssia, pelo menos oficialmente, tenha impedido.

"A R�ssia permite a Israel levar adiante sua guerra contra o Ir� sem, no entanto, impedir que o Ir� continue com seus objetivos na S�ria", afirma Rabinovich.

"N�o queremos colocar em risco este equil�brio delicado em nosso relacionamento com a R�ssia", conclui.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)