Neste s�bado (26), os habitantes de T�quio participaram de uma manifesta��o para denunciar a guerra na Ucr�nia.
"Precisamos aumentar a press�o do mundo (contra a R�ssia). � uma guerra entre a ditadura e a democracia", declarou um manifestante.
Na Su��a, milhares de pessoas tamb�m se reuniram nas ruas hoje para apoiar a Ucr�nia e denunciar a invas�o das for�as russas. Em Genebra, o protesto reuniu mais de mil pessoas na Pra�a das Na��es, em frente � sede da ONU, conforme a pol�cia local.
Envolvidos pela bandeira ucraniana, ou vestidos com suas cores nacionais, amarelo e azul, a multid�o se concentrou, no final da manh�, em torno da escultura "Cadeira Quebrada", obra monumental de Daniel Berset, que simboliza as v�timas civis da guerra.
Em duas cidades do sul da Fran�a, Marselha e Montpellier, v�rias centenas de pessoas marcharam aos gritos de "Stop War, stop Putin" e "OTAN, aja".
O pr�ncipe William, da Inglaterra, e sua mulher, Katherine, enviaram hoje, pelo Twitter, uma mensagem pessoal de apoio a "todo povo ucraniano", um incomum gesto geopol�tico por membros da Casa Real Brit�nica.
Na mensagem, assinada com as iniciais de ambos, o casal expressou seu apoio ao presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.
"Em outubro de 2020, tivemos o privil�gio de conhecer o presidente Zelensky e a primeira-dama", disseram os duques, acrescentando que "hoje apoiamos o presidente e todo povo ucraniano em sua corajosa luta por seu futuro".
Em Roma, uma reuni�o convocada por v�rios sindicatos e associa��es reuniu mais de 1.000 pessoas neste s�bado, em uma pra�a no centro da cidade, ao redor de um p�dio adornado com a inscri��o: "Contra a guerra".
Os manifestantes, alguns com suas fam�lias, levavam faixas e cartazes com frases como "Fa�a amor, n�o fa�a guerra" e "Queremos paz".
Ontem � noite (25), tamb�m na capital italiana, uma marcha � luz de tochas com milhares de participantes desfilou at� o Coliseu, com cartazes que diziam "Putin, assassino!", "Sim � paz, n�o � guerra", ou ainda "Banir a R�ssia do Swift".
Outros cartazes mostravam o presidente russo com a m�o manchada de sangue sobre o rosto, ou comparavam-no a Hitler com a men��o: "Voc� sabe reconhecer a hist�ria quando ela se repete?".
"Sempre fomos pr�ximos do povo ucraniano (...) Daqui, nosso sentimento de impot�ncia � enorme. N�o podemos fazer mais nada no momento", disse � AFP Maria Sergi, de 40 anos, uma italiana nascida na R�ssia.
Vladimir Putin "causou muitos danos, at� mesmo ao seu pr�prio povo. Temos muitos amigos que sofreram muito por causa de sua pol�tica", acrescentou.
Ainda na noite de sexta (25), quase 30.000 pessoas se reuniram na Ge�rgia, antigo pa�s sovi�tico. A guerra, que segundo Kiev j� custou a vida de pelo menos 198 civis, provocou um sentimento de "d�j� vu" na Ge�rgia, tamb�m v�tima de uma devastadora invas�o russa em 2008.
Os manifestantes marcharam pela principal rua da capital, Tbilisi, agitando bandeiras ucranianas e georgianas e cantando os hinos nacionais de ambos os pa�ses.
"Temos compaix�o pelos ucranianos, talvez mais do que outros pa�ses, porque conhecemos a agress�o b�rbara da R�ssia no nosso solo", disse � AFP Niko Tvauri, um motorista de t�xi de 32 anos.
"Ucranianos, georgianos, o mundo inteiro deve resistir a Putin, que quer restaurar a Uni�o Sovi�tica", declarou Meri Tordia, professora de franc�s de 55 anos.
"A Ucr�nia est� sangrando, e o mundo est� assistindo e falando sobre san��es que n�o conseguem parar Putin", acrescentou ela, chorando.
Em Atenas, mais de 2.000 pessoas se reuniram em frente � embaixada russa, ontem � noite, a pedido do Partido Comunista e do partido de esquerda radical Syriza.
Tradicionalmente pr�-russos, esses partidos denunciam a "invas�o russa da Ucr�nia" e uma "guerra imperialista contra um povo".
- Manifesta��es de solidariedade fora da Europa -
T�quio, Taipei, Curitiba, Nova York e Washington tamb�m foram palco de manifesta��es.
Na Argentina, cerca de 2.000 pessoas, incluindo imigrantes ucranianos e argentinos de ascend�ncia ucraniana, manifestaram-se em Buenos Aires, pedindo � embaixada russa "a retirada incondicional" das tropas "assassinas" de Putin.
Embrulhados na bandeira ucraniana, vestidos com trajes tradicionais, com faixas em espanhol, ucraniano, ou ingl�s, dizendo "Pare a guerra", ou "Putin tire suas m�os da Ucr�nia", os manifestantes gritavam palavras de ordem em ucraniano, como "Gl�ria � Ucr�nia, Gl�ria aos seus her�is" e cantavam os hinos ucraniano e argentino.
"Russos e ucranianos t�m muito em comum. Ent�o, meu principal sentimento � a raiva. A �ltima coisa que imaginei era que os russos entrariam para matar meu povo", disse � AFP Tetiana Abramchenko, de 40 anos, quase �s l�grimas.
Ela chegou com a filha � Argentina em 2014, ap�s a anexa��o russa da Crimeia.
Em Montreal, no Canad�, dezenas de pessoas n�o hesitaram na tarde de sexta-feira em enfrentar uma tempestade de neve para protestar sob as janelas do Consulado Geral russo.
"Putin, tire suas m�os da Ucr�nia", cantaram em coro.
"Sou contra esta guerra", afirmou Elena Leli�vre, engenheira russa de 37 anos, em entrevista � AFP.
"Espero que este seja o come�o do fim deste regime", completou.
Com o cabelo escondido sob um gorro verde, Ivan Puhachov, estudante de ci�ncia da computa��o da Universidade de Montreal, disse estar "aterrorizado" com a situa��o, pedindo que equipamentos militares adicionais sejam enviados para seu pa�s, onde sua fam�lia mora.
Alguns manifestantes seguravam um retrato de Vladimir Putin coberto com uma m�o ensanguentada, e outros carregavam bandeiras ucranianas ao vento.
Outras manifesta��es tamb�m foram organizadas em Halifax, Winnipeg, Vancouver e Toronto nos �ltimos dias.
TIBL�SSI