Trata-se do oitavo lan�amento do ano, por parte da Coreia do Norte. Segundo analistas, os testes foram interrompidos neste per�odo, possivelmente, em defer�ncia � sua �nica aliada, a China.
De acordo com as For�as Armadas sul-coreanas, um m�ssil bal�stico foi disparado, �s 7h52 locais (19h52 de s�bado em Bras�lia), de Pyongyang para o mar do Jap�o.
"A Coreia do Norte disparou um proj�til n�o identificado para o leste", anunciou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.
"O �ltimo m�ssil bal�stico teve um alcance de cerca de 300 quil�metros e uma altitude em torno de 620 quil�metros. Os detalhes est�o sob an�lise das Intelig�ncias sul-coreana e americana", completou o comunicado militar.
A casa presidencial sul-coreana manifestou "profunda preocupa��o e grave pesar" e criticou o momento do teste, "quando o mundo faz esfor�os para resolver a guerra na Ucr�nia".
O Jap�o tamb�m confirmou o lan�amento deste domingo. Em entrevista � AFP, um porta-voz do Minist�rio da Defesa se referiu a um disparo "potencial de m�ssil bal�stico", procedente da Coreia do Norte, sem especificar quantos.
A Guarda Costeira japonesa emitiu um aviso aos navegantes sobre "um potencial m�ssil bal�stico possivelmente lan�ado da Coreia do Norte".
- Mundo se volta para Ucr�nia -
Com a comunidade internacional concentrada na invas�o da R�ssia � Ucr�nia, os analistas j� esperavam que Pyongyang aproveitasse esta oportunidade para retomar seus testes.
"Com o interesse americano voltado para a crise na Ucr�nia, e o Conselho de Seguran�a da ONU incapaz de funcionar, Pyongyang aproveita a oportunidade", disse � AFP Shin Beom-chul, pesquisador do Korea Research Institute for National Strategy.
O ministro japon�s das Rela��es Exteriores, Masayoshi Hayashi, falando sobre a Ucr�nia, ao vivo, em um canal de televis�o, quando surgiu a not�cia da Coreia.
"Esta situa��o na Ucr�nia n�o � algo que fique apenas na Ucr�nia, ou na Europa. Pode afetar, potencialmente, o mundo todo, na regi�o do Indo-Pac�fico, ou na �sia Oriental, do nosso ponto de vista", disse Hayashi.
O Jap�o se juntou � bateria de san��es impostas � R�ssia por Estados Unidos, Uni�o Europeia e outros pa�ses ocidentais. A Coreia do Sul tamb�m manifestou sua inten��o de fazer o mesmo e acompanha de perto a situa��o.
Os novos lan�amentos norte-coreanos acontecem em um momento complexo para a pen�nsula, j� que a Coreia do Sul se prepara para sua elei��o presidencial em 9 de mar�o.
O presidente em final de mandato, Moon Jae-in, que buscou, repetidas vezes, negocia��es de paz com Kim durante seu mandato de cinco anos, alertou que a pen�nsula pode facilmente entrar em uma nova crise.
"Se os lan�amentos de m�sseis da Coreia do Norte chegarem a romper a morat�ria sobre os m�sseis de longo alcance, a pen�nsula coreana cair�, instantaneamente, no estado de crise que enfrentamos h� cinco anos", disse ele, em entrevista este m�s aos correspondentes de ve�culos estrangeiros, entre eles a AFP.
Especialistas afirmam que Pyongyang poderia usar sua pr�xima data-chave, o 110� anivers�rio do nascimento do falecido l�der Kim Il-sung, em 15 de abril, para fazer um importante teste de armas.
Em janeiro, Pyongyang fez um n�mero recorde de sete testes de armas, que inclu�ram o disparo de seu m�ssil mais potente desde 2017, quando Kim Jong-un tentou provocar o ent�o presidente americano, Donald Trump, antes de iniciar uma negocia��o que fracassou dois anos depois e segue paralisada.
Nos �ltimos meses, o isolado regime comunista intensificou seus testes militares e, em janeiro, amea�ou abandonar a morat�ria autoimposta sobre os testes de m�sseis nucleares e intercontinentais, suspensos em 2017.
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