Quarto dia de conflito, o domingo come�ou com avan�os russos sobre a Ucr�nia. Depois de uma nova madrugada de explos�es, as autoridades ucranianas confirmaram que as tropas russas conseguiram entrar na segunda maior cidade do pa�s, Kharkiv. Na capital, Kiev, o respons�vel pela administra��o local, Oleg Sinegubov, pediu aos civis para permanecerem em casa. O principal hotel que abriga jornalistas foi fechado e as equipes impedidas de sair, segundo a CNN internacional. Kiev estava cercada e imagens de sat�lite mostravam comboios militares da R�ssia em dire��o � capital ucraniana.
O Ex�rcito russo admitiu pela primeira vez ontem que registrou perdas humanas durante sua invas�o da Ucr�nia, embora sem especificar n�meros. “Os soldados russos est�o demonstrando coragem no cumprimento de suas miss�es de combate (...). Infelizmente, h� mortos e feridos. Mas nossas perdas s�o muito menores” do que no campo ucraniano, disse o porta-voz do Minist�rio da Defesa, Igor Konashenkov. O presidente russo, Vladimir Putin, lan�ou a invas�o � Ucr�nia na manh� da quinta-feira.
Konashenkov observou que os militares russos permitir�o que os prisioneiros de guerra ucranianos “que se renderem” retornem �s suas fam�lias. Os combates na Ucr�nia causaram dezenas de mortes de civis, bem como o deslocamento de centenas de milhares de pessoas. Em entrevista ontem, Vitali Klitschko, prefeito de Kiev, disse que a cidade est� cercada pelo Ex�rcito russo. Por este motivo, uma poss�vel evacua��o de civis da capital ucraniana seria imposs�vel.
Nas palavras de Klitschko, a cidade est� “� beira de uma cat�strofe humanit�ria”. Ele explicou que, no momento, a capital conta com eletricidade, �gua e aquecimento em suas casas, mas a infraestrutura para a entrega de alimentos e medicamentos est� destru�da. Apesar da resist�ncia � invas�o russa por parte da popula��o, o prefeito de Kiev admite que os �nimos podem se arrefecer � medida que faltam rem�dios e comida nos supermercados. Vitali Klitschko confirmou que at� agora nove civis foram mortos em Kiev, entre eles uma crian�a. A cidade segue com o toque de recolher � noite para que os sabotadores russos sejam identificados.
A ofensiva militar iniciada pela R�ssia na Ucr�nia provoca o deslocamento de “mais de sete milh�es” de pessoas, disse ontem o comiss�rio europeu para Gest�o de Crises, o esloveno Janez Lenarcic. “Atualmente, a estimativa do n�mero de ucranianos deslocados � de mais de sete milh�es de pessoas”, afirmou Lenarcic em coletiva de imprensa. “Estamos testemunhando o que pode se tornar a maior crise humanit�ria no continente europeu em muitos anos”, acrescentou.