(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas Guerra na Europa

Bolsonaro diz que Brasil adotar� a neutralidade

Na primeira fala sobre a guerra na Ucr�nia, presidente afirma que a posi��o neutra � ''para n�o trazer consequ�ncias do embate para o pa�s''


28/02/2022 04:00 - atualizado 27/02/2022 23:09

Jair Bolsonaro, presidente da República
''Agora, n�s devemos entender o que est� acontecendo, no meu entender, n�s n�o vamos tomar partido, n�s vamos continuar pela neutralidade e ajudar no que for poss�vel em busca da solu��o'' - Jair Bolsonaro, presidente da Rep�blica (foto: YouTube/Reprodu��o)

No primeiro pronunciamento sobre a guerra na Ucr�nia desde quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que vai adotar um discurso neutro em rela��o � guerra entre R�ssia e Ucr�nia para n�o “trazer as consequ�ncias do embate para o pa�s". A declara��o foi dada durante uma entrevista coletiva � imprensa, na noite de ontem, no Guaruj�, litoral de S�o Paulo, onde o presidente est� passando o feriado de carnaval. Bolsonaro disse tamb�m que ligou, hoje (ontem), para o presidente russo Vladimir Putin. Horas depois, nas redes sociais, o Itamaraty afirmou que “N�O HOUVE telefone neste domingo”.

Segundo o Itamaraty, “Bolsonaro n�o conversou hoje com Putin. Ao falar mais cedo, e reafirmar a neutralidade, presidente se referia �s duas horas de conversa ao vivo, na visita a Moscou”. Ao ser questionado a respeito da conversa que teve com Putin, quando foi � R�ssia no in�cio do m�s, Bolsonaro afirmou que n�o poderia dar mais detalhes, mas garantiu que foi um encontro descontra�do e que durou mais de duas horas. O presidente teceu coment�rios elogiosos a Putin. “Todas as vezes que conversei com o Putin foi uma conversa de alt�ssimo n�vel”.

Embora Bolsonaro tenha dito que vai adotar uma postura de neutralidade, ele amenizou ao ser questionado sobre o cerco que o Ex�rcito russo faz em Kiev, capital ucraniana: “Exagero falar em massacre”. “Eu entendo que n�o h� interesse por parte do l�der russo de praticar um massacre. Ele est� se empenhando em duas regi�es do Sul da Ucr�nia que, em referendo, mais de 90% da popula��o quis se tornar independente, se aproximando da R�ssia. Uma decis�o minha pode trazer s�rios preju�zos para o Brasil”, disse.

Durante a entrevista, Bolsonaro justificou a decis�o do Executivo em optar pela neutralidade diante do conflito por entender que cada pa�s tem suas motiva��es. “Ningu�m quer usar a guerra, ningu�m quer usar a p�lvora. Todo mundo prefere usar a saliva, mas voc� n�o sabe o que acontece do lado de l�”, argumentou. “Um conflito, ainda mais para a �rea nuclear, o mundo todo vai sofrer com isso a�. Ent�o isso n�o interessa pra ningu�m, seria um suic�dio. Agora, n�s devemos entender o que est� acontecendo, no meu entender, n�s n�o vamos tomar partido, n�s vamos continuar pela neutralidade e ajudar no que for poss�vel em busca da solu��o", emendou.

No entanto, ao ser questionado se a op��o por manter a neutralidade diante do conflito, mesmo dia da imin�ncia de massacre a civis, tem liga��o com o bom relacionamento que o presidente diz ter com Putin, Bolsonaro minimizou a ofensiva militar russa criticando os ucranianos. “Eu acho que o povo confiou nele para tra�ar o destino de uma na��o. Confiou a um comediante o destino de uma na��o. Ele deve ter equil�brio, segundo a popula��o ucraniana, para tratar desse assunto. Tanto � que ele j� aceitou conversar”, disse. Bolsonaro e sua comitiva est�o hospedados no Forte dos Andradas, na cidade litor�nea paulista. A previs�o � que o presidente retorne � Bras�lia na sexta-feira.

Defini��o 


O posicionamento do presidente p�e fim a uma cobran�a que vinha sendo feita por outros pa�ses ao Minist�rio das Rela��es Exteriores do Brasil. Embora Bolsonaro tenha falado em neutralidade, ontem, o Brasil votou favoravelmente � convoca��o da Assembleia-Geral da ONU para discutir a guerra na Ucr�nia, mostrando alinhamento com os Estados Unidos, no momento em que a R�ssia foi contra a convoca��o, enquanto outros dois membros do Brics, China e �ndia, se abstiveram.

J� na sexta-feira, o Brasil n�o assinou uma declara��o da Organiza��o dos Estados Americanos (OEA) condenando a guerra. Argentina, Bol�via, Nicar�gua e Cuba tamb�m n�o assinaram o documento. O embaixador do Brasil na OEA, Ot�vio Brandelli, afirmou, em discurso, que o Brasil est� preocupado com a guerra na Ucr�nia e defendeu uma sa�da diplom�tica para a quest�o. O representante disse que o Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas tem legitimidade para debater e apresentar alternativas. J� a OEA, esclareceu, � um organismo regional.

“Devemos ter presente que alguns dos prop�sitos essenciais da nossa organiza��o s�o precisamente garantir a paz e a seguran�a continentais, prevenir poss�veis causas de dificuldades e assegurar solu��o pac�fica de controv�rsias entre seus membros”, destacou. Na quinta-feira, Bolsonaro desautorizou o vice-presidente Hamilton Mour�o, que condenou a invas�o russa � Ucr�nia e chegou a sugerir uma a��o mais firme em favor da Ucr�nia.

Enquanto isso...

...Medidas na �rea econ�mica

O presidente tamb�m comentou sobre as propostas para reduzir o pre�o dos combust�veis e a possibilidade de mais um saque do FGTS para os brasileiros. Sobre a quest�o, relembrou que seu governo congelou os impostos federais, e comentou a respeito das propostas discutidas no Congresso Nacional. Al�m disso, falou brevemente sobre a possibilidade de um novo saque do FGTS. “Existe uma possibilidade sim, de saques do FGTS. N�o posso dar mais detalhes porque n�o batemos o martelo”, afirmou.



receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)