Essa reuni�o excepcional dos 193 membros da ONU, a primeira desse tipo em 40 anos, come�ou com um minuto de sil�ncio em mem�ria das v�timas do conflito que come�ou em 24 de fevereiro com a invas�o russa da Ucr�nia.
"Se a Ucr�nia n�o sobreviver, n�o nos surpreendamos se a democracia falhar", disse o embaixador ucraniano na ONU, Sergiy Kyslytsya. "Salve as Na��es Unidas, salve a democracia e defenda os valores em que acreditamos", implorou em um discurso grave.
Intitulado "A agress�o armada n�o provocada da R�ssia contra a Ucr�nia", o projeto de resolu��o promovido pelos europeus em coordena��o com Kiev "condena, nos termos mais duros, a agress�o da R�ssia contra a Ucr�nia".
"A guerra n�o � a resposta", lembrou Guterres, antes de enfatizar que "precisamos de paz agora".
O texto � similar ao apresentado por Estados Unidos e Alb�nia e rejeitado por um veto russo no Conselho de Seguran�a na sexta-feira. Exige a retirada imediata das tropas russas da Ucr�nia e o fim dos combates.
Seus autores esperam ultrapassar a centena de votos favor�veis na Assembleia, onde n�o h� direito de veto.
No Conselho de Seguran�a, �frica e Am�rica Latina apoiaram a den�ncia da invas�o formulada por Estados Unidos e Europa. Na Assembleia Geral, espera-se que os apoiadores habituais de Moscou - S�ria, Cuba, China, �ndia e outros - fiquem ao lado da pol�tica russa, ou se abstenham de votar.
A sess�o extraordin�ria da Assembleia Geral da ONU - que ocorreu algumas poucas vezes na hist�ria desta organiza��o internacional - ser� um term�metro da evolu��o do mundo, segundo diplomatas.
Nos �ltimos anos, regimes considerados autocr�ticos, militares ou n�o, como R�ssia, Mianmar, Sud�o, Mali, Burkina Faso, Venezuela e Nicar�gua, parecem estar ganhando terreno frente �s democracias.
"A extens�o da invas�o mostra que a inten��o de Vladimir Putin � ocupar o pa�s, destruir a democracia (na Ucr�nia) e instalar um governo fantoche em Kiev", disse Josep Borell, representante s�nior da Uni�o Europeia para Rela��es Exteriores, afirmando que a invas�o russa � "cada vez mais brutal".
Tamb�m hoje, �s 15h, a Fran�a convocou uma reuni�o de emerg�ncia do Conselho de Seguran�a, com o objetivo de ter uma resolu��o aprovada, na ter�a-feira, a favor do "cessar das hostilidades", "da prote��o de civis" e que "permita" a chegada de ajuda humanit�ria "sem obst�culos".
Ap�s seu primeiro veto na �ltima sexta-feira, a posi��o da R�ssia sobre o texto permanece desconhecida.
NA��ES UNIDAS