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Estado de Minas CONFLITO

No oeste da Ucr�nia, o desespero dos deslocados pela invas�o russa

Mais de meio milh�o de pessoas deixaram o pa�s desde a �ltima quinta-feira


01/03/2022 08:32 - atualizado 01/03/2022 09:17

ucrania
Mais de meio milh�o de pessoas fugiram para o exterior, segundo a ONU (foto: Attila KISBENEDEK / AFP)
Na esta��o lotada de Lviv, Olga Kovalchuk parece perdida em meio a milhares de outros ucranianos que chegaram a esta cidade do oeste do pa�s para ficar, ou para seguir rumo � Uni�o Europeia (UE) para fugir da invas�o russa.

Ela n�o tem passagem, nem planos para o futuro. Quer apenas pegar o pr�ximo trem para a Pol�nia, onde sua sobrinha est� esperando por ela.

Leia tamb�m: Invas�o da R�ssia � Ucr�nia chega ao 6º dia sem avan�o em negocia��o

"Estamos indo embora, porque estamos sob fogo e temos que nos esconder em abrigos. N�o quero traumatizar minha filha, porque ela tem medo", diz esta bibliotec�ria de Yitomir (centro), junto com a filha, de 10 anos.

Segundo o governo ucraniano, 350 civis morreram desde o in�cio da invas�o russa, incluindo 16 crian�as.

Fugindo dos combates, centenas de milhares de ucranianos fugiram em busca de ref�gio, sobretudo, no oeste do pa�s, a zona mais afastada da R�ssia e na fronteira com a Uni�o Europeia.

Mais de meio milh�o de pessoas fugiram para o exterior, principalmente para a Pol�nia, que recebeu quase 300.000, segundo a ONU.

A cidade de Lviv e sua regi�o, para onde muitos pa�ses ocidentais transferiram suas embaixadas, tornou-se uma etapa-chave neste trajeto. Com isso, encontrar um abrigo se tornou um desafio a mais para estes deslocados, enquanto produtos de primeira necessidade come�am a sumir das prateleiras dos supermercados.

Alguns fazem escala na cidade antes de seguir para o oeste, apesar dos engarrafamentos de 25 a 30 quil�metros antes da fronteira. Outros se instalam por ali mesmo, sem saber quanto tempo v�o ficar.

As autoridades organizaram comboios gratuitos para a retirada da popula��o internamente e para v�rios pa�ses da UE. Com trens lotados, a esta��o de Lviv � o epicentro da multid�o e do caos.

Atordoados e perdidos, os passageiros escrutinam os hor�rios, carregando malas e carrinhos de beb�. Patrulhas policiais e militares circulam sem parar, e volunt�rios de coletes amarelos distribuem biscoitos e ch�.

Maryna, uma assistente social de 32 anos que chegou a Lvivi procedente de Dnipro (centro-leste), espera embarcar para a Pol�nia. Acompanhada de seus dois filhos, ela que n�o conseguir� mais, um dia, voltar para casa.

"Ficamos aqui o dia todo. N�o temos planos. Tem muita gente e n�o entendemos nada", desabafa a jovem, cujo marido ficou para lutar contra os russos.

Diante do enorme fluxo de deslocadas, os moradores locais multiplicaram suas iniciativas para ajudar seus compatriotas. Propriet�rio de um rancho na aldeia de Lopushna, perto de Lviv, Ostap Lun abriu as portas de seu pequeno hotel, que agora tem todos os quartos preenchidos.

"Claro que n�o estamos cobrando por este alojamento", diz este homem robusto, de 47 anos. "Vamos fazer tudo o que pudermos para criar condi��es confort�veis e, sobretudo, seguras para as pessoas que est�o sem lar", acrescentou.


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