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Estado de Minas SHEGYNI

Medo e solidariedade na fronteira entre Ucr�nia e Pol�nia


02/03/2022 08:41

O caos do in�cio se dissipou, mas milhares de ucranianos ainda esperam no frio para entrar na Pol�nia. Suas hist�rias misturam medo de uma guerra que n�o esperavam, mas tamb�m emo��o pela solidariedade que encontraram.

Apenas 24 quil�metros separam a pequena cidade de Tvirzha, no oeste da Ucr�nia, do posto fronteiri�o de Shegyni com a Pol�nia. O congestionamento de ve�culos cheios de mulheres e crian�as que querem deixar o pa�s chegava at� ali.

Pilhas de lixo e alguns carros abandonados eram a �nica evid�ncia do monumental engarrafamento do final de semana passado.

Foi em Tvirzha, em frente � escola que dirige, que Ivana Shcherbata montou um estande oferecendo bebidas quentes e comida com a ajuda de algumas mulheres do munic�pio.

"N�s o levantamos e fizemos tudo com nossas pr�prias m�os", diz Shcherbata.

� sua frente est� tudo o que um passageiro com frio pode querer: ch�, caf�, sandu�ches e enormes potes de Borsch, uma popular sopa de beterraba cujas origens s�o disputadas na Ucr�nia e na R�ssia, preparada nas cozinhas da escola.

No segundo andar do centro, o ber��rio acomoda m�es e crian�as que procuram um espa�o aconchegante para passar a noite.

- "Muito comovida" -

"Comecei isso espontaneamente e ent�o essas mulheres vieram oferecer ajuda e trazer comida", explica Shcherbata na cozinha.

Vinda de Kriviy Rih, no centro da Ucr�nia, Daria, com o filho nos bra�os, n�o encontra palavras para descrever a solidariedade que encontrou em sua jornada.

"Estou muito emocionada. Em todos os lugares nos deram comida, roupas, fizeram de tudo para nos ajudar", diz esta funcion�ria p�blica de 32 anos, que esteve na estrada por tr�s dias, um dia inteiro no tr�nsito.

De acordo com as Na��es Unidas, mais de 830 mil pessoas fugiram para pa�ses vizinhos, especialmente para a Pol�nia.

As estradas do pa�s ficaram congestionadas, com engarrafamentos �s vezes agravados por postos de controle montados em v�rios munic�pios no oeste da Ucr�nia por volunt�rios que temiam "provoca��es" russas.

"A viagem foi muito dif�cil. Aqui � mais tranquilo, mas o trajeto foi horr�vel", diz Katerina Zaporojets, uma trabalhadora de laborat�rio da cidade de Cherkasy (centro).

No caso dela, levou cerca de 24 horas para chegar ao posto de fronteira de Shegyni, uma viagem de pouco mais de dez horas em condi��es normais. E agora provavelmente levar� mais 48 horas antes de cruzar para a Pol�nia.

As seis crian�as que ela e duas amigas levaram para a Pol�nia j� devem estar cruzando a fronteira em um dos �nibus fretados pelas autoridades para o posto de controle de Shegyni.

Apesar de semanas de conjecturas, esses aspirantes a refugiados n�o estavam preparados para o que estava por vir.

"Nas �ltimas duas semanas, suspeitei que algo assim aconteceria. Mas nunca pensei que seria t�o terr�vel", admite Zaporojets, que n�o tem planos al�m de abrigar os pequenos.

V�rios carros viaja na dire��o oposta, em dire��o ao cora��o do conflito.

Neles est�o alguns homens que deixaram suas fam�lias na fronteira, mas tamb�m alguns grupos de homens com rostos s�rios, talvez ucranianos que vivem no exterior e decidiram voltar para ajudar seu pa�s.


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