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Estado de Minas NOVA YORK

Guerra na Ucr�nia faz pre�os do petr�leo dispararem


02/03/2022 19:28

A guerra na Ucr�nia e os temores sobre o fornecimento de mat�rias-primas da R�ssia levaram os pre�os do petr�leo a uma alta recorde dos �ltimos 10 anos nesta quarta-feira (2), enquanto o g�s natural e o alum�nio atingiram altas hist�ricas.

Os pre�os do petr�leo bruto fecharam no n�vel mais alto desde 2014 para o Brent e desde 2011 para o WTI.

O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em maio subiu 7,58%, para US$ 112,93, atingindo um pre�o recorde desde 2014 em Londres.

Enquanto isso, em Nova York, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para entrega em abril subiu 6,95% para 110,60 d�lares, um pico desde 2011.

O ouro negro voltou a disparar ap�s a decis�o dos pa�ses exportadores da Opep+ (OPEP e aliados), liderados pela Ar�bia Saudita e R�ssia, de n�o aumentar sua produ��o mais do que o esperado, apesar da alta de pre�os, que est� alimentando a infla��o galopante em muitos pa�ses.

Por seu lado, o pre�o de refer�ncia europeu do g�s natural, o holand�s TTF, atingiu um recorde hist�rico de 194,715 euros por megawatt-hora (MWh) equivalente, e o pre�o do g�s brit�nico foi negociado muito pr�ximo do seu m�ximo hist�rico do passado m�s de dezembro.

A decis�o da Opep+ "n�o contribuir� para dissipar os temores sobre o choque de oferta causado pelas san��es � R�ssia, porque a demanda por petr�leo est� crescendo rapidamente e a Opep j� n�o consegue cumprir suas pr�prias cotas de produ��o em v�rios pa�ses", explicou Tamas Varga, analista da PVM.

A invas�o da Ucr�nia levou a Uni�o Europeia e os Estados Unidos a impor san��es duras a Moscou, alimentando preocupa��es de que as exporta��es de energia russas ser�o interrompidas.

A R�ssia � o segundo maior exportador mundial de petr�leo bruto e fornece mais de 40% das importa��es anuais de g�s natural da Uni�o Europeia.

Uma queda inesperada nas reservas comerciais de petr�leo nos Estados Unidos, quando o mercado esperava um aumento, tamb�m n�o ajudou a deter a alta dos pre�os.

Na semana encerrada em 25 de fevereiro, as reservas comerciais de petr�leo bruto dos EUA ca�ram 2,6 milh�es de barris (mb), para 413,4 milh�es - quando os analistas esperavam um aumento de magnitude semelhante -, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela Ag�ncia americana de Informa��o sobre Energia (EIA).

- Escassez de energia -

"A guerra na Ucr�nia est� causando uma forte redu��o nas exporta��es de energia da R�ssia, embora estejam isentas de san��es" por enquanto, disse Bjarne Schieldrop, analista da Seb.

"As transportadoras est�o se abstendo de transportar cargas russas (de energia) por medo de poss�veis san��es e dos riscos � reputa��o que enfrentam", acrescentou.

"O risco agora � que o Ocidente fique sob crescente press�o para sancionar as exporta��es russas de petr�leo e g�s", lembrou Neil Wilson, analista da Markets.com, o que elevaria ainda mais os pre�os da energia.

A Uni�o Europeia excluiu sete bancos russos do sistema financeiro internacional Swift, mas at� agora teve o cuidado de preservar duas grandes institui��es financeiras com fortes liga��es ao setor de petr�leo e g�s.

O conflito russo-ucraniano ocorre em um momento em que os pre�os do petr�leo j� estavam subindo acentuadamente devido � falta de oferta e � forte recupera��o da demanda mundial causada pelo levantamento em muitos pa�ses das restri��es sanit�rias impostas para combater a pandemia de coronav�rus.

Agora, "a menos que a geopol�tica se acalme, poderemos ver uma continua��o desta tend�ncia" com "efeitos domin� na maioria dos ativos e nos pre�os ao consumidor", alertou Walid Koudmani, da XTB.

- Metais industriais disparam -

Os pre�os dos metais industriais foram afetados nesta quarta-feira, pois "as interrup��es no fornecimento da R�ssia s�o cada vez mais prov�veis", observou Daniel Briesemann, do Commerzbank.

A gigante mar�tima dinamarquesa Maersk anunciou na ter�a-feira que estava suspendendo novos pedidos de e para portos russos, excluindo alimentos, produtos m�dicos e humanit�rios, devido a san��es internacionais.

"Se outras companhias de navega��o seguirem esse exemplo, provavelmente ser� cada vez mais dif�cil exportar materiais da R�ssia", ressaltou o analista.

O aumento no pre�o foi especialmente acentuado no caso do alum�nio e do n�quel, metais que dependem fortemente das exporta��es russas.

A tonelada de alum�nio atingiu US$ 3.597 na London Metals Market (LME) nesta quarta-feira, uma alta hist�rica, enquanto o n�quel se aproximou do seu maior n�vel em 11 anos, sendo negociado a US$ 26.505 a tonelada.

Em 2021, a R�ssia era o terceiro maior produtor mundial de alum�nio, atr�s da China e da �ndia, segundo dados do Escrit�rio Mundial de Estat�sticas do Metal, e exporta grande parte de sua produ��o para Turquia, Jap�o, China, Estados Unidos e UE.

T. ROWE PRICE GROUP


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