Powell n�o descarta um aumento mais forte, se necess�rio, em reuni�es futuras. "Acho que ser� apropriado aumentar nossa meta na reuni�o de mar�o, em duas semanas. E estou inclinado a propor um aumento de 25 pontos-base", declarou em audi�ncia no Congresso. Se a infla��o ficar mais alta, "estar�amos dispostos a agir de forma mais agressiva", indicou.
- Conflito na Ucr�nia -
Powell tamb�m mencionou o impacto do conflito na Ucr�nia sobre a economia dos EUA, que considerou "muito incerto". Apesar de os pre�os terem subido em um ritmo sem precedentes em quatro d�cadas e o barril de petr�leo estar sendo negociado acima de US$ 100, "os efeitos a curto prazo sobre a economia americana da invas�o � Ucr�nia, a guerra em curso, as san��es e os acontecimentos que se aproximam continuam sendo muito incertos", disse Powell em sua audi�ncia semestral ante o Congresso. "Acompanharemos de perto a situa��o."
Powell destacou que as institui��es financeiras e a economia dos Estados Unidos n�o t�m "grandes intera��es com a economia russa". As san��es contra Moscou "n�o devem ter um impacto direto" nos Estados Unidos, acrescentou. "� dif�cil, por�m, prever os efeitos secund�rios".
Embora o aumento dos pre�os do petr�leo possa impulsionar a infla��o, as san��es � R�ssia e outras consequ�ncias do conflito podem frear a recupera��o econ�mica.
Para definir a pol�tica monet�ria no ambiente atual deve-se "reconhecer que a economia evolui de forma incerta", argumentou Powell. "Teremos que ser �geis para responder aos dados recebidos e � evolu��o das perspectivas", ressaltou.
- Objetivo: 'longa expans�o' -
Powell disse hoje ao Comit� de Servi�os Financeiros da C�mara que o objetivo do banco central � "promover uma longa expans�o", para garantir que toda a sociedade se beneficie do crescimento da economia. "O aumento da infla��o imp�e dificuldades significativas" aos americanos, e o Fed usar� todas as suas ferramentas para garantir que essa tend�ncia n�o se torne cr�nica, reiterou.
As altas taxas de infla��o foram impulsionadas em grande parte por gargalos na cadeia de abastecimento, que "foram maiores e mais duradouros do que o previsto". O Fed espera que a infla��o "diminua ao longo do ano, � medida que as restri��es de oferta forem aliviadas", embora esteja "atento aos riscos de uma potencial press�o de alta adicional". Al�m do aumento dos pre�os do petr�leo, � previs�vel que outras mat�rias-primas, como o trigo, tornem-se mais caras devido � guerra.
O Fed reduziu a taxa de juros de refer�ncia a zero no come�o da pandemia, para estimular o consumo e os investimentos, e inundou o sistema financeiro com dinheiro em esp�cie, a fim de evitar uma recess�o grave. Juntamente com os grandes pacotes de gastos federais, esses esfor�os foram bem-sucedidos e a economia americana se recuperou rapidamente, crescendo 5,7% em 2021.
A demanda elevada, os problemas na cadeia de abastecimento e a escassez de m�o de obra, no entanto, empurraram o �ndice de infla��o do Fed para 6,1% ao ano em janeiro, bem acima da meta do Fed, de 2%. Al�m disso, as empresas enfrentam dificuldade para contratar trabalhadores suficientes para aumentar a produ��o e atender � demanda.
"O mercado de trabalho est� extremamente ajustado", disse Powell, apesar do desemprego de 4%, perto da m�nima de 3,5% anterior � pandemia. Al�m disso, "um n�mero sem precedentes de funcion�rios est� deixando de trabalhar para aceitar novos empregos, e os sal�rios aumentam no ritmo mais r�pido em muitos anos", resumiu.
Em seu Livro Bege, relat�rio mensal da conjuntura, baseado em uma pesquisa junto a empresas americanas e divulgado nesta quarta-feira, o Fed destaca que os problemas de log�stica e a escassez de m�o de obra continuaram em fevereiro.
WASHINGTON