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Estado de Minas MOSCOU

R�ssia aumenta controle da informa��o em pleno conflito na Ucr�nia


04/03/2022 17:41

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou uma lei nesta sexta-feira (4) que contempla duras penas de pris�o e multas para quem publicar "informa��es falsas" sobre o Ex�rcito, em mais uma medida de repress�o interna em meio � invas�o da Ucr�nia.

Os deputados da C�mara Baixa do Parlamento russo (a Duma) haviam aprovado por unanimidade uma emenda que prev� penas de at� 15 anos de pris�o se forem divulgadas informa��es que busquem "desacreditar" as For�as Armadas.

Outra emenda contempla puni��es para quem pede "san��es contra a R�ssia", justamente quando o pa�s enfrenta grandes penalidades de pa�ses ocidentais pelo ataque � Ucr�nia.

Esses textos se aplicam tanto � m�dia quanto aos indiv�duos.

Al�m disso, o regulador russo de Internet, Roskomnadzor, ordenou o bloqueio do Facebook no pa�s, alegando que a rede social "discrimina" a m�dia russa.

Em um sinal da import�ncia desta quest�o para Moscou, a presidente da C�mara Alta do Parlamento, Valentina Matvienko, acusou o Ocidente de lan�ar "uma guerra de informa��o contra a R�ssia sem precedentes em sua amplitude e agressividade".

- Restri��o � m�dia -

Para controlar ainda mais as informa��es que a popula��o russa recebe sobre o conflito, as autoridades aumentaram a press�o sobre os poucos meios de comunica��o independentes que continuaram trabalhando no pa�s apesar do clima hostil.

Nesta sexta, o Roskomnadzor anunciou ter limitado o acesso aos sites da edi��o em russo da BBC brit�nica e da emissora internacional alem� Deutsche Welle, bem como ao portal independente Meduza e � r�dio Svoboda, antena russa da (R�dio Free Liberty), um meio financiado pelo Congresso dos EUA.

A BBC divulgou um comunicado informando sobre a retirada de seus jornalistas da R�ssia.

No dia anterior, a emblem�tica esta��o de r�dio Ekho Moskvy (Ecos de Moscou) anunciou sua dissolu��o devido ao ass�dio sofrido por sua cobertura da invas�o da Ucr�nia. A rede de televis�o de oposi��o Dojd tamb�m anunciou a suspens�o de suas atividades, depois de ter sido bloqueada pela Roskomnadzor por sua cobertura da invas�o.

O site de not�cias Znak anunciou que estava parando seu trabalho "por causa do grande n�mero de restri��es que surgiram recentemente sobre a opera��o da m�dia na R�ssia".

The Village, agenda cultural de refer�ncia em Moscou, decidiu fechar seu escrit�rio na capital russa e transferi-la para Vars�via (Pol�nia).

- Opera��o policial contra Memorial -

Essas restri��es e fechamentos ocorrem em um ano particularmente dif�cil na R�ssia para a m�dia independente, a oposi��o pol�tica e a sociedade civil.

In�meras publica��es e jornalistas foram rotulados de "agentes estrangeiros", categoria que os obriga a realizar procedimentos administrativos pesados, com o risco de serem processados judicialmente pela menor falta.

O principal opositor do Kremlin, Alexei Navalny, foi preso em seu retorno � R�ssia, tendo sobrevivido a uma tentativa de envenenamento. Seu movimento foi desmantelado.

A Justi�a russa decidiu em dezembro fechar a Memorial, uma ONG que era um pilar da defesa dos direitos humanos e guardi� da mem�ria das milh�es de v�timas dos crimes na Uni�o Sovi�tica.

O veredicto foi confirmado ap�s um recurso na segunda-feira. A ONG anunciou nesta sexta-feira que uma opera��o policial estava em andamento em seus escrit�rios em Moscou, levantando temores de seu fechamento efetivo.

Outra organiza��o n�o governamental, a "Assist�ncia C�vica", que ajuda os migrantes, tamb�m foi alvo de batidas policiais.

No momento, as raz�es para ambas as investiga��es s�o desconhecidas.

- Deten��o de manifestantes -

De acordo com um observat�rio de direitos humanos na R�ssia, OVD-Info, mais de 8.000 pessoas foram presas no pa�s (a maioria em Moscou e S�o Petersburgo) desde 24 de fevereiro por terem se manifestado contra a invas�o da Ucr�nia.

Embora a repress�o afete sobretudo os russos, tamb�m h� quem aponte para organiza��es estrangeiras.

O presidente da Duma, Vyacheslav Volodin, culpou nesta sexta-feira as redes sociais com sede nos Estados Unidos de serem "usadas como armas" para espalhar "�dio e mentiras". Algo que "devemos nos opor", explicou.

Diante dos apelos contra a guerra, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, estimou nesta sexta-feira que chegou a hora da popula��o se unir em torno do presidente Putin: "N�o � hora de nos dividir, � hora de nos unir em torno de nosso presidente", disse ele.


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