Bolsas em forte queda; cota��es do petr�leo, g�s e ouro disparam por crise na Ucr�nia

Um poss�vel embargo ocidental ao setor energ�tico russo provocou a disparada dos pre�os do petr�leo e do g�s natural, assim como a queda das Bolsas ao redor do mundo, que temem a desacelera��o da economia mundial.

O pre�o do barril de Brent do Mar do Norte se aproximou de 140 d�lares no domingo � noite, muito perto do recorde absoluto de 147,50 d�lares de julho de 2008.

Isto aconteceu depois que o secret�rio de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que Washington e seus aliados debatem a proibi��o das importa��es de petr�leo e g�s da R�ssia.

Nesta segunda-feira, o pre�o do g�s natural voltou a bater um recorde hist�rico no mercado europeu, com uma alta de mais de 60%, a 345 euros o megawatt-hora (MWh). A R�ssia, que tamb�m pode ser punida neste setor, � respons�vel por 40% das importa��es de g�s europeu.

Ao mesmo tempo, o ouro - um valor ref�gio em per�odos de incerteza - superou por alguns minutos a marca de 2.000 d�lares a on�a (28 gramas).

Depois de registrar quedas de 4% a 6% na sexta-feira, as Bolsas europeias iniciaram a semana com n�meros negativos. �s 9H30 GMT (6H30 de Bras�lia), Frankfurt recuava 3,11%, Paris perdia 3,33%, Mil�o 3%, Londres 1,58% e Madri 3,32%.

As Bolsas asi�ticas encerram a segunda-feira com perdas expressivas devido �s consequ�ncias do conflito na Ucr�nia. T�quio fechou em baixa de 2,94%, e registrou o menor n�vel desde novembro de 2020, enquanto Xangai perdeu 2,17% e Hong Kong teve um resultado ainda pior, com -3,87%.

Embora o petr�leo e o g�s russos n�o estejam diretamente afetados pelas san��es, no momento praticamente n�o encontram compradores, o que afeta gravemente a oferta mundial.

"A menos que aconte�a um cessar-fogo, n�o h� nada em perspectiva para frear o aumento dos pre�os do petr�leo", afirma um comunicado publicado pelo 'National Australia Bank'.

"O aumento dos pre�os do petr�leo e das commodities provavelmente vai obrigar as economias europeias a racionar o consumo e isto vai pesar na recupera��o econ�mica e nos lucros das empresas em 2022", prev� Ipek Ozkardeskaya, analista do banco Swissquote.

O Fundo Monet�rio Internacional (FMI) advertiu que um agravamento do conflito na Ucr�nia teria consequ�ncias "devastadoras" a n�vel mundial.

Os pre�os dos metais continuam em alta: alum�nio e cobre registraram cota��es hist�ricas nesta segunda-feira.

�s 8H00 GMT (5H00 de Bras�lia), a tonelada de alum�nio para entrega em tr�s meses alcan�ou 4.073,50 d�lares no mercado londrino de metais (London Metal Exchange, LME).

Algumas horas antes, a tonelada de cobre registrou o pre�o hist�rico de 10.845 d�lares, antes de retornar a 10.777 d�lares �s 8H00 GMT.

O pre�o do n�quel n�o superou o recorde de 2007, mas registrou aumento de 25%, a US$ 36.800.

No meio da crise, o euro tamb�m registrava desvaloriza��o em rela��o � moeda americana, negociado a 1,0867 d�lar.