David Malpass descreveu como "horror" a situa��o na Ucr�nia desde o in�cio da invas�o russa h� 12 dias e insistiu que este e outros conflitos armados minam os esfor�os para acabar com a pobreza em todo o mundo.
"Estimamos que 23 pa�ses, com uma popula��o combinada de 850 milh�es de habitantes, estejam atualmente enfrentando conflitos de m�dia a alta intensidade", disse ele no F�rum sobre Fragilidade, um evento que acontece a cada dois ano e dedicado desta vez "ao desenvolvimento e � paz em tempos incertos".
O n�mero de pa�ses em guerra dobrou nos �ltimos dez anos e "isso causou fluxos maci�os de refugiados", acrescentou.
Desde o �ltimo F�rum realizado em 2020, "a fragilidade, as mortes ligadas a conflitos e agita��o social aumentaram dramaticamente", afirmou, insistindo que os conflitos armados afetam todos os grupos de renda, mas sobretudo os pobres.
Essas guerras s�o especialmente dram�ticas porque se somam aos efeitos da pandemia de covid-19.
Nesse contexto, o Banco Mundial "aumentou consideravelmente sua ajuda aos pa�ses afetados pela fragilidade e por conflitos, de 3,9 bilh�es de d�lares no ano fiscal de 2016 para 15,8 bilh�es no de 2021", disse Malpass.
"Nos �ltimos quatro anos quase duplicamos a nossa presen�a em locais fr�geis" para mais de 1.200 colaboradores, sublinhou.
Em 12 dias de guerra, centenas de civis foram mortos e milhares ficaram feridos na Ucr�nia. Mais de 1,7 milh�o de pessoas fugiram dos combates para se refugiar em outros pa�ses europeus, mais da metade deles na Pol�nia, segundo a �ltima contagem do ACNUR (Ag�ncia da ONU para os Refugiados), publicada nesta segunda-feira.
Neste contexto, a Cruz Vermelha alertou que a invas�o da Ucr�nia pela R�ssia criar� deslocamentos "massivos" e necessidades no pa�s e nas na��es vizinhas.
"O conflito na Ucr�nia est� se tornando a emerg�ncia humanit�ria mais importante na Europa nos pr�ximos anos", disse Francesco Rocca, presidente da Federa��o Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, em entrevista coletiva em Genebra.
"Os deslocamentos e necessidades s�o enormes e v�o aumentar tanto na Ucr�nia como no exterior", enfatizou.
Milh�es de pessoas que ficaram na Ucr�nia "precisam de �gua pot�vel e comida", destacou Rocca, que elogiou o trabalho da Cruz Vermelha Ucraniana, que dobrou seus efeitovs desde o in�cio da invas�o em 24 de fevereiro, recrutando 3.000 volunt�rios.
WASHINGTON